"Desacertos no Ensino Médio Brasileiro"
“Os desacertos no Ensino Médio Brasileiro”
A História da Educação Brasileira é muito cheia de altos e baixos. Piorou deveras, a partir de 1971 com a famigerada Lei 5692/71 e o Parecer, se não me falha a memória, 853/1971. A partir daí a educação brasileira virou um caos. Imaginem! As escolas deveriam ser incrementadas para o ensino profissional! Foi uma Lei que mexeu com todos os envolvidos em Educação. Foram quantidades enormes de reuniões para dissecar a bendita lei, ajustes e mais ajustes e estamos aí, em pleno século XXI nesta situação! Lamentavelmente, nossos intelectuais não tiveram a sorte de copiar um projeto que fosse bom para o Brasil. Essa Lei 5692 em 1971, os brasileiros juntaram no lixo dos Estados Unidos, lei essa que era centenária por lá. Se os nossos responsáveis pela educação brasileira tivessem mais confiança em si mesmos, teriam juntos, formulado um projeto capaz de suprir as necessidades brasileiras, pensando nas diferenças entre os estados e municípios, pois todos têm uma peculiaridade própria. E, ainda, o mais importante, reunindo todas as reivindicações das camadas sociais, analisando, separando o que de fato seria importante para elaborarem esse projeto digno para a sociedade brasileira. Mas isso não ocorreu. Pegaram alguma coisa pronta. Atualmente, estamos aí a desenvolver projetos e mais projetos, mas a educação não melhora. É MEC, é SEC, é UE, numa corrente e não vingaram grandes progressos! Especialmente a partir da década de 90, quando foi apresentada o ECA. Estatuto da Criança e do Adolescente. A partir daí piorou ainda mais. As crianças e adolescentes se encheram de razão e podem tudo. Pais e professores perderam todo poder de influenciar esses jovens a tomarem um rumo baseados na vivência adquirida. Discutem de igual para igual e querem sempre levar vantagem, pois só agem baseados na sua visão de Mundo. O resto não importa! Há uma minoria que vive na família obedecendo as ordem citadas pelos pais e convivendo harmonicamente! A família é a célula Mãe da sociedade e ela é composta de pais e filhos que devem conviver em paz para que esse jovem se desenvolva plenamente! Por isso a escola e a aprendizagem estão se decompondo!Não é pessimismo, não! A pretensão do Brasil em termos de crescimento é para que se chegue em 2022 com a média 6.0. Por que rebaixar a menção 7.0 da educação passada? Naquela época, quem não alcançasse 7.0, bimestralmente, estava fadado a passar por exame final e se não conseguisse média, ficaria para a segunda época em fevereiro, ou seja, o aluno passava as férias estudando. Atualmente, tudo está facilitado em se falando de Educação! A mídia mostra isso e para desprestigiar ainda mais soltam pelo país afora o resultado fatídico que vem ocorrendo no EM do país e para demonstrar isso, aí estão “As famosas pérolas do ENEM”: "O Brasil não teve mulheres presidentes, mas várias primeiras-damas foram do sexo feminino". "Vasilhas de luz refratória podem ser levadas ao forno de microondas sem queimar"."O bem star dos abtantes da nossa cidade muito endepende do governo federal capixaba". "Animais vegetarianos comem animais não-vegetarianos". "Não cei se o presidente está melhorando as insdiferenças sociais ou promovendo o sarneamento dos pobres. Me pré-ocupa o avanço regresssivo da violência urbana". ?Sarneamento? deve ser o conjunto de medidas adotadas por Sarney no Maranhão. Quer dizer, eu ? axo?, mas não me ?pré-ocupo? muito. "Fidel Castro liderou a revolução industrial de 1917, que criou o comunismo na Rússia". "O Convento da Penha foi construído no céculo 16, mas só no céculo 17 foi levado definitivamente para o alto do morro". (Demorou o "céculo" inteiro pra fazer a mudança.) "A História se divide em 4: Antiga, Média, Momentânea e Futura, a mais estudada hoje". "Os índios sacrificavam os filhos que nasciam mortos matando todos assim que nasciam". "Bigamia era uma espécie de carroça dos gladiadores, puchada por dois cavalos". "No começo Vila Velha era muito atrazada, mas com o tempo foi se sifilizando". "Os pagãos não gostavam quando Deus pregava suas dotrinas e tiveram a idéia de eliminá-lo da face do céu". "A capital da Argentina é Buenos Dias". "A prinssipal função da raiz é se enterrar no chão". "As aves tem na boca um dente chamado bico". "A Previdência Social assegura o direito a enfermidade coletiva". "Respiração anaeróbica é a respiração sem ar, que não deve passar de 3 minutos". Ateísmo é uma religião anônima praticada escondido. Na época de Nero, os romanos ateus reuniam-se para rezar nas catatumbas cristãs". "Os egipícios dezenvolveram a arte das múmias para os mortos poderem viver mais". "O nervo ótico transmite idéias luminosas para o cérebro". "A Geografia Humana estuda o homem em que vivemos". "O nordeste é pouco aguado pela chuva das inundações frequentes". Verdade: de São Paulo até o Nordeste, falta construir aquadutos para levar as inundações. "Os Estados Unidos tem mais de 100.000 Km de estradas de ferro asfaltadas". "As estrelas servem para esclarecer a noite e não existem estrelas de dia porque o calor do sol queimaria elas". "Republica do Minicana e Aiti são países da ilha América Central". As autoridades estão preocupadas com a ploleferação da pornofonografia na Internet". Teve a ovelha Dolly mas teve a Katrina, também. Só que ela era meio violenta.... "O Papa veio instalar o Vaticano em Vitória, mas a Marinha não deixou para construir a Capitania dos Portos no mesmo lugar". "Hormônios são células sexuais dos homens masculinos". "Os primeiros emegrantes no ES construiram suas casas de talba". "Onde nasce o sol é o nacente, onde desce é o decente". "A terra é um dos planetas mais conhecidos e habitados no mundo. Os outros planetas menos demográficos são: Mercúrio, Venus, Marte, Lua e outros 4 que eu sabia, mas como esqueci agora e está na hora de entregar a prova, a senhora não vai esperar eu lembrar, vai? Mas tomara que não baixe minha nota por causa disso porque esquecer a memória em casa todo mundo esquece um dia, não esquece?". Pois é. Não é invenção, é a realidade do nosso Ensino Médio brasileiro! Precisamos de iniciativas urgentíssimas!Por que não pegar essas construções e trabalhar nas séries para aprimorar a escrita? Afinal é através dela que o aluno vai se afirmando no dia-a-dia escolar e tomando consciência que é preciso estudar, treinar muito a leitura e a escrita facilitando o trabalho do professor, pois este pode ir além tendo uma classe motivada a aprender! É possível até sensibilizar o aluno com tamanha barbaridade! Mostrar a ele que assim não é possível pleitear um emprego bom e ser admitido, pois as mazelas do estudo mal feito serão analisadas pela empresa e objetivamente ele sempre receberá um não. É impossível que os professores desconheçam essas aberrações! O que não é aceitável é que não tenham se dignado a usar essa denúncia como motivação dando uma sacudidela nos que não levam o ensino muito a sério! É preciso começar!Não importa se outros países se contentam com a média 6.0! Para o Brasil é muito pouco, pois já tivemos média maior! Ainda aguardarmos até 2022 para chegarmos a 6.0? Parece ser o fim da educação! Isso é muito pouco, é muita lentidão para aplicarmos essa medida, pois sabemos que a educação já é a longo prazo e se ficarmos nesta espera quando seremos comparados aos países mais educados? Urge uma mudança nas bases é agora, já! Nas escolas, no início de cada ano tecer um bom planejamento delineando o andamento delas assim como as diretrizes para serem seguidas pela equipe escolar. Mas essas diretrizes bem traçadas e com metas menos longas a alcançar, com novas medidas para a organização escolar onde o diálogo seja sempre primordial, a comunicação horizontal exercida. Só assim, poderá ser elaborado um novo saber pedagógico, dentro das necessidades da clientela escolar, mas sempre com o último olhar do gestor, Sob pena de que se aquele que se omitir no desenvolvimento daquilo que foi proposto seja até punido. Uma proposta de continuidade, amarrando os conteúdos básicos, essenciais, desde as séries iniciais até chegar ao ensino médio. Só assim haverá melhora. Professor alfabetizador não é apenas aquele que leciona na primeira série, não! Todos os professores sejam da disciplina a, b ou c. Todos são alfabetizadores, se não o próprio nome não condiz com a ação! Só assim deixará de ser jogado de lá para cá a culpa dos mal formados. Só assim a escola irá melhorar, pois a mola mestra desta é o conjunto de intelectuais que estão à frente do aluno a fim de ensiná-los a aprender. É bom lembrar que todos os professores, as disciplinas são importantes, porém a relevância deve ser dada ao professor da primeira série, ou do primeiro ano escolar que tem por obrigação ensinar a criança a ler e a escrever a não ser que o aluno tenha uma necessidade especial, ou seja ele, ser especial. Aí a escola deverá encaminhar esses alunos a um setor especializado. Não venha com aquela de que esse aluno não aprende! Em um ano escolar, a criança normal lê e escreve e domina as primeiras noções de aritmética facilmente. Nos quatro primeiros anos essa criança deve estar preparada para os estudos no quinto ano escolar. Aí entra o outro professor especial, o de Língua Portuguesa, mola mestra na aprendizagem, pois o aluno que domina a arte de escrever uma frase, um oração, um período, um parágrafo, para criar um texto, mesmo com incorreções, está ótimo! Maravilhoso! E ele, ainda terá vários anos para treinar a leitura e escrita e naturalmente chegará às séries finais não como estão hoje pelas escolas do Brasil, vergonhosamente mal alfabetizados, ou analfabetos! É a mídia quem diz! Se a escola juntamente com o corpo docente se empenharem em breve teremos um perfil melhor nas últimas séries do ensino básico no Brasil!É preciso apagar essa nódoa da educação brasileira. Os professores são capazes na sua maioria e se não forem, a escola deve providenciar meios para que esses sejam treinados a fim de melhorarem sua técnica no ato de ensinar! Porém que esse treinamento seja pra valer. Não apenas para saírem da sala de aula por alguns dias ou irem em busca de presença e no final do curso, uma certificação para garantia de mais pontos para obter acesso, mas sim para entender melhor a sua prática no quotidiano escolar que é o que está faltando! Apesar de que eles são frutos dessa educação democrática, mas à medida que tomamos consciência de que nossa prática está deixando a desejar, é necessário ir em busca de novos conhecimentos a fim de enriquecer essa prática para que ela se torne melhor no quotidiano escolar e que o conhecimento por este apresentado e transmitido seja de boa qualidade, basta querer! Infelizmente, não são todos, mas uma boa parte se forma, coloca o canudo em um quadro, pendura na parede em local bem visível e adeus continuidade. Acham-se os donos do saber, se estufam quando falam do seu curso, mas se assim fosse, não teríamos aí a mídia a pegar no pé e fazendo chacota sobre as barbaridades que os alunos do EM, escrevem, confirmadas anualmente pelo ENEM. De quem é a culpa? Do diretor ou gestor? Pois é até para dirigir a escola quiseram dar mais ênfase ao nome do que as atribuições que este deve levar como meta prioritária para o bom desempenho da escola. Quando ouvi pela primeira vez pronunciar o vocábulo “Gestor” fiquei meio pasma. Isso foi lá pelos meados do século passado, mais precisamente em 1964 enquanto eclodia a famigerada ditadura. Li, na Zero Hora, em porto Alegre, uma reportagem mencionando: ”gestor do SNI. Concentrei-me e nada de rapidamente entender. Além do novo neologismo, para mim, havia a sigla. Mas ela não interessa. Achei o termo gestor muito elegante e comecei a matutar. Isso deve ser nome de uma profissão, de alguém que tem cargo importante. Continuei a pensar sobre o assunto. Passou muita água por baixo da ponte e o termo voltou à mídia, agora com mais ênfase. Acabou-se, eliminaram o vocábulo diretor na área da “Educação”, principalmente. E esse vocábulo passou a ser usado em todos os setores sociais. É gestor x, y, e z. Qual a diferença entre diretor e gestor? Ah, há setores que ainda empregam o vocábulo “dirigente”. Eu não consigo entender tanta palhaçada! Que diferença há entre um e outro? Para mim, que vivo observando as modificações surgidas nesta sociedade virada num caos, noto muita diferença, diferença esta que está aí nas atitudes, desenvolvimentos, trabalhos e desempenhos. Desde o final do século passado, os intelectuais brasileiros se preocupam em criar neologismos, colorir palavras, usar a sinonímia e tudo mais, pensando que estão enriquecendo com isso, também, as atitudes daqueles que passam a ser aqueles tais. Que imbecilidade! Não estamos vendo bom desempenho em muitos gestores, pois se colocam em pedestais achando que são os tais e vão deixando com isso, as atitudes mais centradas nas ações que devem executar.Têm medo dos comentários, unem-se a estratégias errôneas para não ferir este ou aquele grupo! Raramente fazem valer certas decisões! Que saudade dos tempos em que o diretor de escola era pessoa respeitada, a criançada passava de ano sabendo ler e escrever! Mensalmente ele ia à Delegacia de Ensino, hoje Diretoria, receber treinamento, orientações para o melhor desempenho da sua função. Nesse intervalo, o vice assumia os trabalhos e pouco ou quase nada de anormal acontecia porque a equipe escolar estava centrada no trabalho de promoção da escola haja vista a disputa entre as escolas para serem sempre a melhor! Não afirmem que os alunos de hoje não aprendem! Antigamente os alunos eram bombardeados pela tabuada, pelas capitais brasileiras, pelos rios da margem direita e esquerda do Amazonas, pelas serras, etc. De repente, tudo mudou! Mudou para pior! Não vimos nada que nos deixe alegres nessas mudanças! São tentativas de erros e acertos, superados pelo erro que está sendo difícil de alterar. Se não deixarmos de lado tanta ênfase àquilo que não é primordial, em especial em educação, rumaremos para uma convivência social cada vez mais em discórdia, pois não há uma meta única, um objetivo a alcançar e sim uma preocupação constante em modificar aquilo que não traz resultados nem a curto, médio ou longo prazo. Precisamos, em educação, é reforçar a alfabetização. Ensinar a criança ler, escrever e dominar as quatro operações sem esquecer-se do retorno da tabuada. Abaixo as maquininhas de calcular. Na sociedade, essa criança não poderá andar com uma a tiracolo. Se elas forem bem trabalhadas, a criança chegará ao quinto ano escolar e completará o Ensino Básico sem as críticas atuais sobre os analfabetos que cursam o Ensino Médio no Brasil, sem distinção da chefia ser diretor ou gestor! Mas as culpas devem ser enfatizadas e sabemos que as maiores são as dos professores que se unem aos gestores, ao processo e com isso estamos aí com este EM tão mal falado! Não podemos deixar de ressaltar, também, a culpa do aluno, mas deste bem menos por que mesmo sendo ele produto de um meio em decadência e às vezes até misturando os falares, se ele se fizer entender, naturalmente não seria tão severamente criticado. Mesmo chegando ao primeiro ano do EM com dificuldades na produção de textos é capaz de aprender em três anos a produzir com concisão, coesão, clareza, pois ele teve o embasamento tão apregoado nas nove séries antecedentes! É preciso retirar esse maldito rótulo do EM. Aliás, o EM é um vocábulo abstrato! Ele leva consigo, em seu bojo, são alunos que nele estão cursando sem saber para quê. Faltam-lhes esclarecimentos sobre as vantagens dos estudos o porquê e o para que de estarem ali, na sala de aula. Muitos quando questionados apenas respondem evasivamente. Estão sendo julgados e tachados de imbecis, incompetentes e que não sabem nada! A cada ano que passa milhões são jogados na sociedade sem perspectiva alguma! Mas o PROUNI está aí e com isso daqui a pouco mesmo com todos esses adjetivos estarão cursando uma universidade e se tornando profissionais em todas as áreas e até na educação, como formadores de indivíduos às vezes sem o menor critério, pois quem não tem não pode dar! É o que vemos na atual situação do país! Profissionais mal formados trocando os pés pelas mãos, e até a maioria é sempre por querer levar vantagem em tudo. Muitos na idade escolar não são levados a cursarem o tempo estipulado. Deixam, evadem-se da escola em busca do ficar rico sem esforço, se batem pela sociedade sem achar um rumo certo, pois não estão capacitados, não sabem responder sequer um questionário informativo. Aí, então, se dão conta de que é através da educação que é possível subir na vida ou ganhando na loteria, mas se não tiver educação até esses ganhos escapam pelos vãos dos dedos, pois falta o saber administrar! Voltam à escola, fazem uma suplência à noite, que não é um curso normal, é de aceleração e nada acelerado vai bem, até um carro não deve ser acelerado em excesso! Aí correm em busca do prejuízo! Fazem um vestibular, ou com a nota do ENEM porque tiveram sorte no chute e a redação apresentou o mínimo desejado, cursam uma universidade e nem sequer tem humildade para entenderem que não tiveram uma escolaridade normal e que necessitam de aperfeiçoamento contínuo! Em todas as profissões é necessário estar em busca de novidades, de novas técnicas porque o Mundo não para. Quem não se aperfeiçoa vai ficando defasado e não consegue acompanhar o crescimento em todos os setores! Na própria escola é possível uma reciclagem sob o ponto de vista educacional. Acompanhar as novidades, estudar autores, ler muito. A maioria não se digna a ler fora da escola. Não deixar aluno ocioso. Tenha na sala, livros, os mais finos no começo e tentar sempre seduzi-los a ler! Isso deve ser habilidade do mestre! Ainda mais, se a escola ampliar o domínio dos níveis de leitura desde os primeiros anos escolares, no EM, não será necessário retroceder com esse ensinamento. Lamentavelmente, ainda hoje encontramos livros destruídos, dicionários rabiscados, alunos que retiram livros da biblioteca e esses jamais voltam! Isso acontece porque a criança não foi treinada e ensinada a respeitar o livro como se esse fosse um ser vivo! Indispensável ao homem desde que ele tenha sido educado a valorizar um bem tão precioso e necessário em diversas situações na vida! Mas, para isso é bom lembrar de que se o professor não for um bom leitor jamais trabalhará bem com a leitura! Por Isso, modificar o comportamento do professor também é ação primordial, porém não apenas quando o aluno chega ao EM, mas lá no início dos estudos. Não é possível o aluno não aprender a gostar de ler se o professor em primeiro lugar, ensinar a essa criança os passos da leitura que está inserido lá na alfabetização. Se a criança ouvir a leitura de bons textos, ler juntamente com o professor, e este saber ouvir a leitura da criança ainda que tímida e descompassada e regar essa leitura de elogios e fazendo com que ela repita as palavras de maneira correta, então, não teremos mais o que comentar sobre o EM! Essa criança crescerá sendo um bom leitor pela vida afora e não terá problema em liberar a inventividade e a imaginação porque a escola lhe proporcionou as habilidades necessárias a este processo tão importante na vida das pessoas, que é saber ler e interpretar corretamente um texto, penetrando na intimidade do autor! Ensinar bem o processo da leitura é dever da escola como um todo. Se esse processo for levado a sério a prática escolar tomará rumos novos e só assim estaremos trabalhando por uma educação de maior qualidade! Fala-se da falta de tempo. Mentira! As horas de Trabalho Pedagógico viraram em horas de desabafo dos problemas pessoais, reclamação e crítica sobre o Governo. A maioria não está satisfeita! Acha que o salário é baixo, mas não tem coragem de deixar o Magistério e ir em busca de um trabalho em que o salário seja melhor! O Coordenador, por sua vez elabora uma pauta de ações, que na maioria das vezes apenas tem início, vai ficando de uma hora para outra e nada, na maioria das vezes, é feito. Isso ocorre muito nas HTPC. Espaço privilegiado para discutir as melhores técnicas para em conjunto trabalharem em prol daqueles alunos com uma carga maior de dificuldade, que vêm se arrastando porque outro colega professor, nos anos anteriores não preparou, não trabalhou a contento com aquele coitado! Essa hora não é para se corrigir atividades! Mas para repensar, em conjunto, uma melhor prática! Acreditamos que, se nessa hora professores e coordenadores implantarem juntamente com a escola um cronograma de ações visando o crescimento de ambos, o fazer pedagógico entrará num processo de crescimento que até aqueles mesmos, ficarão surpresos com a própria melhoria e do processo, e este, refletirá na construção de uma educação de qualidade, pois houve a discussão planejada entre a equipe escolar, orientada pelo gestor, distribuindo tarefas e poderes decisórios, e numa discussão horizontal aonde o reflexo, naturalmente chegará à sala de aula, mas é necessário um olhar atento do diretor ou gestor como queiram! Se não acontecer é chegada à hora para uma severa punição daquele que está emperrando o processo! Muitas vezes a voz do gestor deve ser a última e deve ser aceita pela equipe, sem restrições, já que está gerindo aquela escola e deve lutar sempre pela qualidade, isto é, alcançar a verticalidade, o crescimento com aquele fim proposto numa discussão horizontal em prol da escola. Priorizando o fim maior, o crescimento do aluno no desenvolvimento de suas potencialidades, que atualmente não é mais objetivo principal. Se está no projeto é apenas um vocábulo para embelezar o script! É bom repensar o processo educativo. Não são necessários gastos exuberantes para isso! Basta a conscientização dos profissionais da educação. Cada um se empenhando a cada dia mais para melhorar como pessoa, como profissional e acima de tudo respeitar aquele ser humano que é colocado ali naquela série indefeso, inseguro e carente de afeto! Porém, capaz de aprender aquilo que lhe é proposto se desde as primeiras séries esse aluno for trabalhado a fim de eliminar as dificuldades que se apresentam no ato de ler, escrever e contar porque a educação é um conjunto de teorias e técnicas que vão sendo sedimentado ano após ano fazendo com que o aluno ao chegar ao tão fracassado EM, seja capaz de produzir um texto sem tantas aberrações conforme mostra a mídia. Não só conhecendo as técnicas em LP. Mas em todas as disciplinas já que passou pelas mãos de vários professores por onze anos atualmente, doravante, doze! Não é para fazer uma grande reflexão? Doze anos de escolaridade não será pouco, não! É para o aluno ter condições de fazer parte da sociedade em que vive, atuando e ajudando na comunidade a que pertence sendo capaz de desenvolver uma atividade proposta porque a escola deu o embasamento necessário. É preciso mudar e rapidamente! Preparar o aluno para que ele conheça as técnicas de redação e que não seja necessário voltar à escola quando deseja redigir um requerimento! É preciso preparar o aluno para o desempenho das pequenas coisas. Ensinar o aluno para desempenhar ações do quotidiano! Mas para isso urge uma reformulação! Muitas atividades são propostas sem o mínimo de serventia e que mesmo no EM devem ser repensadas! Por que não reforçar os estudos aritméticos? Alunos saem do EM e não dominam sequer as quatro operações e a tabuada! Primeiro ensinar o essencial para o desenvolvimento das atividades do quotidiano e a partir daí as PA e PG, Trigonometria, etc. Lamentavelmente, encontram-se alunos no EM que se questionados sobre a sigla PA e PG eles não respondem, desenvolve aquela atividade como um papagaio, é verdade! Falta de quem? É óbvio, do professor. Esse deve dar uma aula em que o aluno entenda, com suporte teórico, com estudo detalhado, para que o objetivo seja alcançado naquilo a que se propõe! Mas para que isso ocorra é necessária a aproximação professor x aluno, uma interação a fim de que o aluno tenha a sensação de que perante ele está um amigo capaz de ajudá-lo a aprender e com isso será possível acabar com essa aberração que está aí, sangrando na educação brasileira, Achei essa mensagem de desabafo de uma colega muito interessante e resolvi anexá-la para que não fique apenas o meu ponto de vista em relação à educação atual não só no EM. “A Evolução da Educação” Antigamente se ensinava e cobrava tabuada, caligrafia, redação, datilografia. Havia aulas de Educação Física, Moral e Cívica, Práticas Agrícolas, Práticas domésticas, Industriais e cantava-se o Hino Nacional, hasteando a Bandeira Nacional antes de iniciar as aulas. Permita-me um aparte!Hoje, lamentavelmente, quando se canta o Hino é necessário solicitar com muita engenhosidade que o aluno retire o boné,prática difícil e que muitas vezes, o professor ignora, pois se impor a sua decisão algo de mal acontece! O que houve nesse processo de respeitar os mais velhos? Será erro apenas da família ou a escola também peca em não se importar mais com esses detalhes? Para aonde foi o respeito tão comentado no passado? Será que é por isso que a educação está indo mal das pernas! É porque o professor está sem chão a partir da ECA! Eis o relato mencionado da Professora de Matemática:
Semana passada, comprei um produto que custou R$ 15,80. Dei à balconista R$20,00 e peguei na minha bolsa 80 centavos, para evitar receber ainda mais moedas. A balconista pegou o dinheiro e ficou olhando para a máquina registradora, aparentemente sem saber o que fazer. Tentei explicar que ela tinha que me dar 5,00 reais de troco, mas ela não se convenceu e chamou o gerente para ajudá-la. Ficou com lágrimas nos olhos enquanto o gerente tentava explicar e ela aparentemente continuava sem entender. Por que estou contando isso?Porque me dei conta da evolução do ensino de matemática desde 1950, que foi Assim:
1. Ensino de matemática em 1950:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é igual a 4/5 do preço de venda. Qual é o lucro?
2. Ensino de matemática em 1970: Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é igual a 4/5 do preço de venda ou R$ 80,00. Qual é o lucro?
3. Ensino de matemática em 1980: Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é R$80,00. Qual é o lucro?
4. Ensino de matemática em 1990:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é R$80,00. Escolha a resposta certa, que indica o lucro:
()R$ 20,00 ()R$ 40,00 ()R$ 60,00 ()R$ 80,00 ()R$ 100,00
5. Ensino de matemática em 2000: *
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é R$80,00. O lucro é de R$ 20,00.
Está certo?
() SIM () NÃO
6. Ensino de matemática em 2009:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é R$80,00. Se você souber ler, coloque um X no R$ 20,00.
()R$ 20,00 ()R$ 40,00 ()R$ 60,00 ()R$ 80,00 ()R$ 100,00
7. Em 2010 vai ser assim:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é R$80,00. Se você souber ler, coloque um X no R$ 20,00. (Se você é afro descendente, especial, indígena ou de qualquer outra minoria social não precisa responder)
()R$ 20,00 ()R$ 40,00 ()R$ 60,00 ()R$ 80,00 ()R$ 100,00
E se um moleque resolver pichar a sala de aula e a professora fizer com que ele pinte a sala novamente, os pais ficam enfurecidos, pois a professora provocou traumas na criança. Essa pergunta foi vencedora em um congresso sobre vida sustentável."Todo mundo está 'pensando' em deixar um planeta melhor para nossos filhos...Quando é que se 'pensará em deixar filhos melhores para o nosso planeta?"Pois é! É para se pensar muito nisso! Mas, no momento, é a escola a principal responsável por esta mudança, pois a sociedade, a família está em busca de outros valores, correr atrás do crescimento, do poder aquisitivo, da competição e apenas a escola está preenchendo um pequenino espaço do grande vazio que existe nas crianças e adolescentes brasileiros, estrangeiros e por que não nos adultos e até nos intelectuais, professores? Com uma distinção, uma diferença! Os professores são seres especiais e com isso mais cobrados pelas mazelas que surgem, principalmente em educação, já que é a área de atuação destes. Apesar de estarem com uma carga imensa de responsabilidades delegadas pela escola, pela sociedade, pela família em especial, mas eles, também são produtos desse meio e como toda a sociedade estão insatisfeitos, revoltados com os desmandos e então, só sabem reclamar por direito, falar de aumento de salário! E a responsabilidade pela “Educação” vai esmaecendo, não têm mais aquela garra, aquela fibra, o encorajamento diante da classe, que leva o aluno a aprender, está deixando muito a desejar. Não se preocupam muito, porém, nem todos, com uma boa educação. Jogam a culpa nos coitadinhos, pobres, que vão à escola e lá não encontram o verdadeiro apoio. Muitos deles nem sequer sabem usar o dicionário! São professores que não têm base para se tornarem um professor no verdadeiro sentido da palavra. Ultimamente, esses vem se efetivando sem muita competência. Não por culpa deles mas pelos moldes da educação que vem sendo ministrada! Assim que a escola democratizou-se e os que por ela passaram também foram aprendendo o mínimo do mínimo e ainda como se não bastasse, para o concurso é formulado uma centena de questões específicas para cada disciplina. Se esse professor estudar aquela bibliografia ele naturalmente passa e assume todo garboso as aulas dentro da área pleiteada. Os especialistas em educação sequer fazem uma entrevista para observar como é o perfil desse candidato que dali em diante terá nas mãos centenas de pequenas cabecinhas e até grandes pois se estão aptos, lecionarão nas séries finais do Ensino Básico. Porém, se quiserem, podem se tornar excelentes professores porque ninguém nasce sabendo! Com humildade, ele será capaz de se aperfeiçoar e adquirir experiência através de erros e acertos, mas com conscientização de que mudanças devem ocorrer no momento em que detecta as incorreções, fazendo diariamente um exame de consciência pesando as ações e tentando superar os erros. Isso é possível e assim este irá se aperfeiçoando e, naturalmente, tornar-se-á um grande mestre, pois com humildade, refletindo sobre seus erros e tentando melhorar chegará a uma prática consciente e poderosa na arte de ensinar! Também, é necessária uma reforma no Ensino Superior para reverter esse quadro da inferiorização da Educação Brasileira! A democratização do ensino superior chegou a muitas aberrações e quase incontroláveis! Mas deve ser consequência da má formação do indivíduo, ao seu caráter, suas tendências fazendo com que a universidade perca o seu brilho e valor na sociedade, haja vista os tipos de trotes na maioria delas! É chegada à hora de reformular conceitos, procedimentos, ações, que às vezes levam alunos inocentes a perderem a vida! É uma deficiência deste ensino, sim! É lógico que todos têm direito ao ensino superior, mas com qualidade, não só na área educacional, mas em todas, a fim de saírem do curso com competência para atuarem na sociedade tão defasada de profissionais competentes. Está difícil, parece que a tendência é piorar! As facilidades estão exageradamente escancaradas e com isso os bons profissionais que levaram o estudo a sério, sairão bem formados, mas, também, ficam sendo observados e devem agir cautelosamente sem pestanejar em busca de qualidade e aperfeiçoamento, o que não está acontecendo com a maioria, especialmente professores! Estes têm nas mãos um poder extraordinário! Se quiserem, fazem o aluno obedecer as suas ordens num piscar de olhos! Seduzir o aluno é papel primordial do professor competente! Um livro pode ser um objeto de sedução! Ele foi e sempre será de suma importância em nossa cultura, pois ele amplia o conhecimento e pode ser analisado sob ângulos os mais diferentes possíveis. É para refletir! Quando pegamos um livro nem sequer nos ligamos na trajetória dele! Como este objeto tão maravilhoso foi produzido e o que pode representar nas conquistas culturais da Humanidade! Para várias pessoas, o livro se torna uma verdadeira paixão que nunca se acaba, ao contrário, vai aumentando à medida que a pessoa vai alargando o seu poder de cosmovisão! Sempre devorei livros fosse ele grosso, fino, capa especial, com letras miudinhas ou maiores, para mim o que importa é o conteúdo que ele traz e que de início me diz pouco, mas à medida que eu abro e começo a leitura, meu coração se transforma! Navego como se tivesse num oceano de águas limpas e a minha vontade é ir em busca daquela amplidão que escapa a visão de quem ama a Natureza! Assim é com os livros! Um dia, sobre a mesa da sala dos professores estava um livro-caderno da TV Escola distribuído pelo “Ministério da Educação e do Desporto –Secretaria de Educação à Distância que na maioria das vezes rolam daqui para ali porque muitos não valorizam o conteúdo maravilhoso que uma equipe de trabalho projetou a fim de subsidiar o grupo de professores das escolas. Assim que observei um deles num ímpeto peguei-o e como um presente abri a página onde se lê: O parto de um livro! Adorei! Minha aula, preparada para aquele dia ficou arquivada para outra oportunidade! Achei o assunto tão importante e esclarecedor que reli e trabalhei naquele dia esse assunto. Ainda mais porque faz menção a Jorge Luís Borges que amo de paixão! Quando li a afirmação dele: “Dos diversos instrumentos utilizados pelo homem, o mais espetacular é, sem dúvida, o livro. Os demais são extensões de seu corpo. O livro, não. O livro é uma extensão da memória e da imaginação” Essa afirmação, bem trabalhada na sala de aula altera a imaginação do aluno faz com que ele pense, reflita e dê início à valorização deste instrumento do “Saber”, o livro, por todos os dias da vida! São tantas maneiras de seduzir o aluno! Aquela aula foi tomando vulto tendo o livro como “Motivação”. Movida pelo interesse dos alunos lembrei-me de uma coletânea de frases do grande Borges retiradas de um livro doado no dia da apresentação teatral sobre ele e graças a Deus tive o prazer de saborear. Entre elas estão: “Os livros não são espelhos do Mundo, mas uma coisa a mais acrescentada ao Mundo”. “Cada frase deve ser lida e é lida em voz alta. Digo em voz alta porque,quando lemos versos que são realmente bons e admiráveis, tendemos a lê-los em voz alta”. “Fomos feitos para a arte. Fomos feitos para a memória e a poesia;ou fomos feitos, quem sabe, para o esquecimento.” Pois é. A educação brasileira está mal porque não existe uma verdadeira motivação para a melhoria da qualidade do ensino! São tantas as motivações que o professor pode se apossar para incrementar as aulas! Nosso país é rico, cheio de belezas e na própria Natureza estão centenas de objetos conhecidos pelos alunos que podem ser utilizados pelos professores como auxiliares no enriquecimento das aulas, mas não de uma aula especial, aquela para mostrar a alguém ou ser gravada para demonstração, mas em todos os dias, seja ela de Língua Portuguesa, Matemática e nas demais! Mas entre todas as motivações, para mim, a mais rica, a mais importante é o livro, pois ele foi feito para a eternização da memória! Ninguém, nem a mídia, nem o computador, nada será capaz de eliminar o livro da companhia, em especial, daqueles que não conseguem ficar sem um na cabeceira para a noite, devorar algumas páginas a fim de esquecer as lidas do quotidiano. Será que os professores têm esse hábito? Mas esse hobby não está em discussão. O que está em discussão é o trabalho desenvolvido no EM e que está deixando a desejar! É preciso com urgência melhorar a qualidade em geral, não só no EM. Essa modificação para melhor está nas mãos dos professores queiramos ou não! Somente com a conscientização destes, nas suas atitudes, nas suas posturas, com humildade e aperfeiçoamento constante nossa educação poderá melhorar. Se todos os professores tiverem nova postura perante a classe e souberem negociar, apresentarem bons argumento, serão capazes de convencer não só os alunos, mas também, os pais e a comunidade, pois eles são pessoas importantes naquele entorno e na sociedade em geral. Já falamos que o aluno é capaz de aprender a não ser que apresente uma deficiência mas dependendo ainda pode aprender se guiado por pessoas competentes e especialistas naquela. Estamos em pleno século XXI e não é cabível numa escola brasileira estarem cursando o EM alunos que não conseguem produzir um texto legível e com argumentos convincentes. Voltamos a falar da leitura e da escrita desde o primeiro ano escolar. Assim sendo é impossível que a escola ensinando a língua materna tanto oral como escrita, levando o aluno ao aprimoramento do seu desempenho, não consiga em doze anos daqui em diante ou em onze até então, fazer com que esse aluno não esteja na língua do povo como incompetente, incapaz de criar um texto! É bem possível que os tipos de discurso não vêm sendo bem trabalhados e num crescendum. É possível, também, desde as séries iniciais o professor dar início ao estudo narrativo já que esse faz parte do quotidiano da criança ao expressar algo que aconteceu, um evento qualquer, até narrar a trajetória de casa à escola, ou a casa de um colega, enfim podem-se narrar fatos reais como fictícios, embora esse não tenha necessariamente compromisso com a realidade. Pode ser totalmente inventada ou até baseada em fatos reais, porém enriquecidos pela imaginação de quem relata. Assim que a criança se apossa, consegue narrar e demonstrar isso na forma oral e a seguir transferindo à escrita, numa sequência de começo meio e fim, apesar de haver outras maneiras mais criativas que ela aprenderá mais adiante, nas séries seguintes. Podemos destacar o foco narrativo de terceira pessoa onde o narrador observa os fatos de fora e os registra empregando os verbos e pronomes de terceira pessoa. E o foco narrativo em primeira pessoa onde o narrador, especialmente, a criança, utiliza o “EU”, participa da ação como personagem, vivenciando os fatos e os verbos e os pronomes empregados são de primeira pessoa. O narrador se funde com a personagem que pode ou não ser a principal. (O foco narrativo é bastante complexo assim como os vários tipos de discurso, assunto para se enfatizado nas séries mais adiantadas) Se desde os primeiros anos a criança for bem treinada, não terá dificuldade em aprender a descrição, pois ela já se encontra com um vocabulário mais amplo e enriquecido pelo valor semântico pelos adjetivos, as qualidades, que o professor enumerou num primeiro passo a fim de enriquecer a nova fase, a descrição, inclusive se apossando de uma das narrativas que pode se tornar descrição ou narrativa descritiva.Mas é preciso ensinar à criança a diferença existente entre definição e descrição. Definição é uma formula verbal através da qual se exprime a essência de uma coisa. (ser, objeto, ideia (Garcia Othon M). A descrição consiste na enumeração de caracteres próprios dos seres (animados e inanimados), coisas, cenários, ambientes e costumes sociais; de ruídos, odores, sabores e impressões tácteis. (Moisés Massaud. Dicionário de termos literários. 2ª Ed. São Paulo, Ed. Cultrix, 1978.p.140) É importante saber que as coisas, individualmente, não admitem definição. Quando definimos, estamos tratando de classes, de espécies. Quando descrevemos estamos detalhando indivíduos de uma espécie e todos os seres existentes no Universo real- físico e psicológico- ou no imaginário e podem ser descritos, assim como pessoas e também personagens, sempre atentando para o enfoque subjetivo ou objetivo, sem esquecer-se da descrição técnica. Não podemos deixar de lembrar do objetivo de quem escreve (descreve), ou é de provocar emoção no leitor ou de representar algo com a maior exatidão possível sem esquecer-se de outro aspecto. O emissor deve ter em mente ao montar seu texto a que receptor ele se dirige. A descrição dirigida à crianças é muito diferente daquela que aparece numa obra dirigida a adultos Enfim, é muito fácil ensinar a criança a se expressar de forma oral e escrita é só ir passo a passo apresentando as três formas discursivas e com isso chegar ao EM capaz de escrever bem! Se isso não é possível atualmente é porque está acontecendo algo estranho! É impossível que um aluno treinado desde as séries iniciais a desenvolver passo a passo um acontecimento, obedecendo a ordem temporal,sua interpretação, priorizando a sequência lógica, mil perdões, mas a culpa é do mestre! Se esse aluno foi trabalhado nas oito séries em narração e descrição e realmente apreendeu os passos, desempenha a contento as duas formas discursivas, naturalmente ele não deveria ter dificuldades conforme denuncia a mídia. Se ficarem para as três séries do EM a dissertação que pressupõe o exame crítico do assunto sobre o qual se vai escrever; raciocínio; clareza, coerência e objetividade, a fim de entender e ter condições de produzir um esquema identificando a estrutura padrão que se constitui de introdução, desenvolvimento e conclusão. Para esclarecer melhor observem a ordem dada por Othon Garcia, em sua obra “Comunicação em Prosa Moderna através do plano-padrão: Proposição (tese): afirmativa suficientemente definida e limitada; não deve conter em si mesma nenhum argumento; analise da proposição ou tese: definição do sentido da proposição ou de alguns de seus termos, a fim de evitar mal entendidos; formulação de argumentos, fatos, exemplos, dados estatísticos, testemunhos; e a conclusão. Para isso, é importante ter bons textos modelos e também, que ao treinar, exercitar muito, esse aluno deve ter sempre o dicionário a mão, pois é assim que o aluno vai se aperfeiçoando e enriquecendo o vocabulário tão necessário no ato de produzir um texto, pois na hora de demonstrar o que apreendeu isso não será possível. È como a maquininha de calcular, pode sempre, menos nas provas! Ter contato com textos modelos específicos a fim de saber diferenciar a narração, a descrição, a narrativa descritiva. Com este conhecimento o aluno terá facilidade em mexer com a estrutura de uma dissertação. Por exemplo: Quantos parágrafos têm o texto? Qual a idéia central e secundária do parágrafo? Para esse aluno treinar e treinar repetidas vezes até pegar o jeito eliminando as dificuldades. Naturalmente ele revisará a narração/descrição e entrará com fé na dissertação onde esse aluno deverá mostrar com argumentação, isto é, sabendo que irá defender uma idéia, opinião ou ponto de vista, uma tese, procurando por todos os meios, com estratégias argumentativas para fazer com que o ouvinte/leitor tenha aceitação e passe a acreditar nela e, que a “argumentação” é a força maior que rege o texto dissertativo, levando em conta a construção do seu raciocínio, demonstrando passos lógicos, bem argumentados e fundamentados, com as provas daquilo que falamos e a conclusão final com a qual deve concordar o seu interlocutor. Não podemos deixar de falar sobre o tema. Ele pode ser analisado sob diversos ângulos. Por isso devemos ter o cuidado de delimitá-lo, ou seja, escolher apenas um aspecto a ser analisado, pois as possibilidades de abordar esse tema são inúmeras. Na verdade,, há que se ressaltar que o aluno não é totalmente culpado por suas incorreções. Ele passa pelo primeiro grau, ou seja, pelas oito séries, atualmente nove, estudando e decorando verbos em seus modos e sai da escola falando nóis vai, nóis fumo, agora nóis não repete isso é de eu, etc. Achamos que é necessária uma reformulação e com urgência! Por que não levar para a sala de aula uma montanha de literaturas diversas, do dicionário à literatura de cordel. Passar muito tempo lendo com os alunos, procurando estruturar frases, incentivando-os a ler muito, pois só assim ele escreverá bem porque a nossa língua é maravilhosa e se esse aluno possuir largo vocabulário ele saberá encaixar as palavras nas frases, nas orações, nos períodos e, naturalmente, produzirá um bom texto capaz de fazer bem aos ouvidos de quem ler, pois as palavras possuem esse dom, o da eufonia! Vamos deixar de tanta aula de gramática! Tanto tempo perdido! Tempo que pode ser empregado com leitura de bons textos, treinos constantes em produzir a estorinha, das crianças, dados os temas até a dissertação no EM. Enquanto o professor se contentar em dar atividades aos alunos, aquelas, “segue o modelo”, os alunos continuarão como a mídia comenta! Mas para isso mudar, esse aluno deve ser trabalhado durante sua total escolaridade porque sendo bom leitor, ele tornar-se-á enriquecido com um universo grandioso de situações, saberá extrapolar idéias, mexer com as palavras porque ele tem as artimanhas da “Língua”, sem aquela perda de tempo estudando e decorando verbos a grande variedade de pronomes, etc. e, assim, não terá dificuldade em apresentar uma boa redação seja ela solicitada dentre as três formas discursivas empregadas. Contudo, se o professor continuar a ensinar, com dizem, pelo método tradicional, priorizando a gramática, enaltecendo os filólogos e linguístas de reconhecido saber, como diz com categoria, o professor Celso Pedro Luft em sua obra “Língua e Liberdade: por uma nova concepção de língua materna e seu ensino (L&PM, 1995). “Ele diz que se o professor,quem sabe, lendo esse livro abandonasse a superstição da teoria gramatical, desistindo de querer ensinar a língua por definições, classificações, análises inconsistentes e precárias hauridas em gramáticas, já seria um grande benefício.” (página 99). É bom repensar sobre o assunto. Se nós, professores, trabalharmos a coesão, a coerência, a informatividade através de bons autores, notaremos que a gramática tradicional não dá conta dos mecanismos que presidem à construção do texto. Só para ilustrar:” Monteiro Lobato, quando estudante, foi reprovado em Língua Portuguesa, muito provável por desconhecer teoria gramatical”. Não quero incutir minhas idéias, mas acho que se for aplicada uma prova com conteúdo gramatical a um grupo de escritores famosos, sem declinar nomes, é possível que a maioria fosse reprovada, porque escrever bem vai além da gramática! É preciso mudar! Só assim nosso aluno sairá do EM capaz de sobressair-se na avaliação quando for em busca de um emprego e necessitar demonstrar essa técnica-“A arte de escrever bem sendo convincente!”e levará como prêmio para o início da sua vida produtiva em sociedade, um “sim” ou “aprovado” para a vaga pretendida, existente numa empresa que deseja contratar pessoal eficiente, e assim ele recebe a recompensa pelo esforço e o professor dele, a satisfação pelo trabalho, pela ajuda, na inserção desse aluno na sociedade produtiva do país! Com isso, os implicados, que vem desempenhando seu papel relevante, cada um com um objetivo a alcançar, irmanados, serão os azes da construção de um Brasil melhor onde cada um cumpriu a sua missão da melhor maneira possível!
Concluindo essas idéias, gostaria de mencionar uma grande preocupação com o destino da Educação Brasileira. Se não me fiz entender, peço desculpas. Se alguns colegas ficaram aborrecidos, muito obrigada! É porque as palavras mexeram com seu ego. Mas acredito que é possível mudar! Nossos alunos estão indisciplinados, nossa escola ainda um tanto sucateada, porém, o mais importante para minimizar esse sucateamento é a presença do professor! Esse professor que ainda acredita na educação brasileira! Sabemos que a maioria das reivindicações não são aceitas. Porque o orçamento nunca pensa nessa possibilidade; as gratificações, ah! As gratificações! Os bônus! Por que sempre uma grande parcela dos professores fica com uma quantia irrisória?Achamos essa atitude da “Secretaria” mal elaborada! A idéia é ótima, mas esse merecimento pode ser atribuído, individualmente, pelo trabalho desempenhado no quotidiano, pois é possível avaliar o professor, via pagamento, inclusive a assiduidade e não implementar essas por unidade escolar. Muitas vezes são feridos direitos daqueles que trabalham com amor, desempenham suas obrigações, são assíduos e acreditam na educação e são discriminados, pois muitos colegas, às vezes, iniciantes, agraciados com uma bela quantia! Sabemos que o professor é a mola mestra para que a educação brasileira tome novos rumos! E por isso que devemos conclamar em conjunto o que é de melhor para nossa realização. Não podemos esquecer, também, que sem criança não haverá escola! E ela merece respeito e muito mais ainda, na sala de aula para assim, os professores, poderem garantir um processo de ensino aprendizagem com qualidade. Só os professores podem melhorar a educação!Sabemos que a escola tem sido alvo de constantes reportagens sobre o desrespeito aos profissionais, a violência nas unidades escolares, mas nada pode intervir no trabalho do mestre! A nossa coragem deve ser renovada no início de cada dia, apesar de pertencermos a essa sociedade em ebulição, aonde é preciso repensar não só a educação, no seu verdadeiro sentido, mas a política educacional brasileira e outros setores sociais. É preciso rever parâmetros a fim de que a educação seja realmente democrática! Mas a nossa insistência é para que o professor assuma uma postura profissional! Seja realmente aquela pessoa especial na sociedade a que pertence e encare o trabalho de ensinar aos pequeninos, em especial, uma missão, não uma profissão qualquer, na qual apenas se espera o pagamento no final do mês! Mas uma profissão de professor competente, consciente, que auxilia o aluno a aprender e a apreender para após concluir o tão falado EM, atuar na sociedade com segurança e felicidade. Só assim teremos num futuro próximo a tão ansiada nota 6.0 pelo Ministério da Educação. Apesar de que se os professores e as famílias se empenharem conseguiremos alcançar essa meta em muito menos tempo!
Maria Augusta da Silva Caliari
Enviado por Maria Augusta da Silva Caliari em 13/04/2011
Alterado em 22/11/2015