"Dificuldades e facilidades nos relacionamentos conjugais!"
Parte: 01
O casamento e o companherismo, em geral, acabaram tornando-se uma prisão de imposição e de negação. A insegurança de um parceiro, algumas vezes dos dois, leva a desejar preservar seu senso equivocado de segurança, ditando os termos do relacionamento com o outro. Isto leva a um "amor" que diz: Eu amo você se você se ajustar àquilo que eu acredito que você deveria ser. Isto está ainda muito longe de acontecer!Eu amo você independente do que você diz, faz ou pensa.
Amor é desejar o que é melhor para o outro, mesmo que seja algo que não desejamos que aconteça do nosso próprio ponto de vista. Amor, na sua forma mais pura, pode também consistir no recuo emocional e na permissão de que alguém passe por uma experiência negativa ao invés de protegê-la de uma oportunidade de aprendizagem, que irá acelerar sua compreensão da vida e de si mesma. O maior amor que alguém pode ter por outro é deixá-lo ir embora, se isso é o que é melhor para ele/ela, nas suas jornadas de evolução através da experiência. Certamente é permiti-las, sem julgamento ou retirada de seu amor, experimentar o que elas precisam experimentar para acelerar suas jornadas para a Unicidade. O amor verdadeiro é amar alguém tão completamente que nada que elas possam fazer poderá destruir a maneira que você sente a respeito delas. Em geral, nós desejamos impor a nossa marca nos outros, e apenas quando as pessoas se ajustam a isso é que nós as amamos, ou melhor, nós pensamos que as amamos.
Os relacionamentos têm sido réplicas do medo e da insegurança que têm atolado a psiqué humana por milhares de anos. Esta insegurança levou ao casamento uma prisão e à submissão à vontade do outro por medo de perdê-lo. O casamento e os relacionamentos também se transformaram em Zonas Livre de Embaraço. Nós temos medo de ficarmos sozinhos se nós expressarmos nossa individualidade única porque nos falta autoestima e auto segurança. Nós perdemos nossa "integridade" [wholeness] porque nós desligamos nosso ser multidimensional. Os relacionamentos como o casamento, têm consistido em duas "partes" que procuram formar um conjunto integral. O macho procura balancear a si em um relacionamento com uma fêmea, ao invés de balancear sua harmonia masculina/feminina acessando o feminino dentro de sua própria psiqué. O homem, macho nega sua polaridade feminina e procura por essa polaridade em uma mulher. Isto tem criado relacionamentos que sufocam e aprisionam ao invés de liberar, porque o companheirismo torna-se uma entidade na qual as duas partes batalham pela dominação ou se submetem à dominação. O mesmo se aplica à mulher que procura sua polaridade masculina em um homem, ao invés de dentro de si.
Os relacionamentos irão passar por grandes transformações. Uma vez que tenhamos evoluído para a integridade o equilíbrio e completude não existem para nós aceitarmos a imposição sobre nós da marca do outro. A integridade celebra sua individualidade única e recusa ser um clone de outro.
Eu ouço as pessoas falarem sobre a necessidade do amor incondicional e elas inclusive fazem palestras de como isto é importante. Mas elas não vivem isso em si mesmas. Seu amor pessoal é ainda condicional ao outro se conformar com a sua marca.
Amor incondicional é um estado de ser que irá transformar o mundo. Mas apenas se nós pararmos de apenas falar sobre ele e começarmos a viver o que nós dizemos. Igualmente vital, ele apenas irá acontecer se nós permitirmos todos viverem o amor incondicional, sem moralizações ou procurando apavorar e embaraçá-los para se conformarem ao comportamento de um outro.
Maria Augusta da Silva Caliari e pesquisa via google
Enviado por Maria Augusta da Silva Caliari em 01/01/2013
Alterado em 13/12/2015