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"Anjos e extraterrestres segundo Ernesto Bono." "Análise III"

Ernesto Bono procura ir atrás de soluções concretas para os fenômenos que surgem a cada dia em nosso Planeta.
Através de um aprofundado estudo sobre o universo dos mitos, o livro Anjos e Extraterrestres surge como uma análise documentada sobre os diversos fenômenos que intrigam a Humanidade na esfera da dúvida, da crença e do incomum. O autor tenta desvendar as implicações existentes na genealogia dos anjos, dos gnomos, fadas e outros elementos que a cada dia se tornam mais presentes na vida das pessoas. E mais: as ocorrências ufológicas já começam fazer parte deste círculo, ou seja, já estão influenciando traços culturais de certas sociedades, alterando comportamentos e criando novas sensações, jamais sentidas antes. Thompson, que é até então desconhecido no mundo ufológico, em especial no Brasil, é um especialista na temática angelical. O autor não questiona a existência de UFOs, pois eles simplesmente existem. O que se propõe a analisar é de que maneira os seres humanos encaram e compreendem o Fenômeno UFO.
Muitas vezes as figuras do mito são descritas como perigosas, trapaceadoras, vulneráveis, vingativas, destruidoras e passíveis de destruição. Quando isso acontece, torna-se possível encontrar indícios de padrões míticos entre ufólogos rivais, que travam entre si uma disputa cujo objetivo é modelar o fenômeno ufológico para que se torne um mito. Dessa forma, as ocorrências com extraterrestres e objetos voadores não identificados podem ser “manipuladas” ideologicamente. Eis a situação de indivíduos que procuram dar sentido a eventos e experiências, transformando a realidade em elementos mitológicos. Todo esse paradoxo faz com que UFOs (reais e concretos) se transformem em objetos metafísicos, dignos de adoração e cerimônias quase que religiosas. Segundo Keith Thompson, isso muito atrapalha o desenvolvimento da Ufologia e seu reconhecimento como ciência.
Anjos e Extraterrestres passeia pelos mais variados mitos concebidos na história da Humanidade. Faz citações que vão desde o caso da aparição em Fátima até a mitologia grega, dando uma nova interpretação para o que se havia contado até então sobre a existência de santos e deuses. O autor nega, por exemplo, que o surgimento de Dioniso (deus grego do teatro e da orgia) esteja fundado na tragédia, como havia proposto o filósofo alemão Friedrich Nietzsche. Para Thompson, tudo isso admite uma simbologia ainda maior: “Dioniso também é considerado o deus das máscaras, só que nunca está atrás delas. Dioniso, por si só, já é uma máscara”. Isso enfatiza a qualidade divina de ser verdadeiro, autêntico e conseguir revelar a própria identidade sem recorrer a artifícios. Finalmente, quando tudo isso é colocado frente a frente com a Ufologia é que se percebe o grande abismo existente entre o que se conhece e o que se julga conhecer.
É muito mais fácil criar lendas e personagens fantásticos do que ir em busca de soluções concretas para os problemas e mistérios que surgem a cada dia. Quanto aos anjos, elementos de importância fundamental no livro, são descritos por Thompson como seres intermediários entre Deus e o homem. “Para os gregos antigos, os anjos se pareciam com humanos, mas tinham também a natureza do ‘ponto geométrico da alma’ ou ‘pensamento puro’”, diz o autor. Já a definição Bíblica diz que os anjos eram ‘do alto’ - porém, essencialmente iguais aos humanos e não necessariamente invisíveis. Segundo Tomás de Aquino, citado por Thompson em seu livro, “eles eram ‘pura alma’, sem corpos”. Lactâncio, apologista cristão também citado pelo autor, defende um princípio de relatividade: “comparados aos seres humanos os anjos são imateriais, mas em relação a Deus, parecem corporificados”.
Dessa forma, o autor conclui que, enquanto função mitológica, os anjos de hoje são os ETs. Mas Thompson também cita muitos casos de abducções e ocorrências ufológicas. Uma delas, que chega até a tratar com humor, é o Caso Roswell, em que corpos alienígenas foram encontrados nos escombros de um UFO acidentado: “Os desmistificadores esperam ansiosamente uma prova que não sirva apenas para corroborar a estranha necessidade religiosa dos pesquisadores pró-UFO, de transformar um cenário evidentemente deserto numa prova definitiva de que pilotos alienígenas, ultrapassaram um dos muitos sinais de tráfego celestes numa noite de chuva”. Para o autor, até hoje ninguém sabe direito o que foi realmente o Caso Roswell e diz que os ufólogos, por sua vez, trataram de pegar tais informações e montá-las num quebra-cabeças que nunca termina. Isso dificultou em muito que houvesse uma apuração ufológica correta e precisa.
Maria Augusta da Silva Caliari e Pesquisa via Google-Internet-Forum Espirita.net
Enviado por Maria Augusta da Silva Caliari em 28/06/2014
Alterado em 07/12/2015


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