"A Gnose da Nova Era" segundo Karl Bunn
Em primero lugar, é preciso esclarecer o significado de Avatar.Se isso não acontece ficamos,às vezes meio alheios ao assunto.
"Avatar, é qualquer espírito que ocupa um corpo terrestre, o que representa uma manifestação divina na terra, para o povo hindu é a encarnação da divindade, que desce do reino divino, e usa a matéria de outro corpo"(retirado doGoogle).
Cada Era Astrológica se caracteriza por um “Conhecimento” ou uma “Gnose” bem específica. Em Aquário não foi nem será diferente. Podem desabar céus e terras, mas a “Gnose Aquariana” começou a ser escrita e dada a conhecer por Samael Aun Weor em 1950, tendo concluído sua missão em 1977. Todo Avatar é um “abridor de caminhos” – e, por conseguinte, essa tarefa é feita por alguém do Raio da Força, com raras exceções. Num passado distante, para cumprir sua tarefa, o Avatar usava até mesmo da força das armas e dos exércitos; quem quiser se informar sobre isso, basta estudar a história e as tradições hindus que falam sobre OS 10 AVATARES DE VISHNU. No século XX, as armas não foram físicas, mas da Alta Teurgia e do Verbo. Toda mudança de Era traz transformações radicais e profundas, e isso nem sempre acontece por métodos indolores. De cara, é preciso pulverizar o “velho” para semear o “novo” – sendo que as “sementes” do novo são extraídas da essência, do melhor das colheitas anteriores. E antes de semear, rasga-se a terra para depositar a “boa semente”.
Por incrível que pareça, algo assim tão simples e elementar de ser constatado na história e na memória do tempo, sempre encontrou “enorme” resistência de boa parte das pessoas em geral, que preferem os “velhos trilhos” de seus condicionamentos culturais, morais e religiosos... A humanidade, as pessoas não sabem nem têm condições de perceber ou de captar o novo... Por isso resistem, inutilmente.
A missão de um Avatar nunca é fácil. Pelo contrário, é mais amarga que o fel. Sempre é incompreendido, perseguido, caluniado e difamado - especialmente de parte dos que deveriam ser os primeiros a reconhecê-lo como Profeta, Mensageiro ou Arauto de Novos Tempos – isso quando não é assassinado. No caso de Samael, bem que ele tentou – e como tentou – se unir com os irmãos diretores e instrutores das distintas Ordens de sua época, das quais se fizera membro. Mas tudo inutilmente. Era visto como “ameaça”, como “perigoso” – e por isso mesmo foi rechaçado por todos, sem exceção – porque, no fundo, só queriam “mercantilizar” em paz as almas e usufruir economicamente de suas respectivas escolas, isso tudo sem considerarmos que as sagradas doutrinas, como ali eram ensinadas, já não atendiam mais aos propósitos para se alcançar a autorrealização íntima dos buscadores.
Resultado: teve que sair dessas escolas e desses círculos pseudoiniciatico, e em plena involução, para formar uma nova corrente espiritual, usando como base apenas o que havia de “melhor” em cada uma delas. Sim! Cada escola ou ordem possui dentro de si uma “essência espiritual” que jamais pode ser desprezada. Pelo contrário: deve ser usada como ponto de partida para se construir o “novo” de cada Era. E assim nasceu o Movimento Gnóstico em 1950, portando consigo o melhor das distintas escolas esotéricas da era anterior.
Muitos caluniam ignorantemente o Avatar de Aquário, mas Samael sabia o que tinha que ser feito, como mostram estas palavras escritas no seu livro AS 7 PALAVRAS, de 1953: “Me atrevo a afirmar que todos os livros que foram escritos no mundo sobre esoterismo agora se tornaram totalmente superados para a Era de Aquário; por isso mesmo, devem ser revisados para deles extrair unicamente o essencial”. Em outro livro – TRATADO DE ENDOCRINOLOGIA E CRIMINOLOGIA– o Avatar de Aquário dá idéia clara de nos tornarmos “esoteristas práticos” [porque só haviam teóricos]: “Quando a ciência ocidental e oriental se unirem de forma absoluta, então o homem terá achado uma verdadeira cultura integral e estará livre dos sectarismos fanáticos”. Buscava aí o Mestre unir a “mística oriental” com a “praticidade ocidental” – como de fato há hoje na “Nova Gnose Aquariana”.
Ainda nessa mesma obra ensina Samael sobre a necessidade de “formarmos uma sólida cultura espiritual” – e recomendava expressamente o estudo das obras de Blavatsky, Sivananda, Jorge Adoum, Rudolf Steiner, Franz Hartman, Krumm-Heller et alii. O que ocorria naquele tempo – e ainda ocorre em nossos dias – é que as distintas escolas e ordens seguem os “velhos trilhos”, e não se aprecataram ainda que toda mudança de Era implica em uma “Nova Gnose” – e que essa “nova gnose” é estruturada com a “essência” das “gnoses” das eras precedentes. Portanto, afirmar ou visualizar essa “nova gnose aquariana” como uma “salada”, demonstra, na melhor das hipóteses, “ignorância” pura e natural do que ocorre ciclicamente no mundo, e, na pior das hipóteses, revela “preguiça mental” em buscar compreender e “apreender” a “essência” da sabedoria de tudo que nos foi ensinado em eras anteriores. Diga-se de passagem que a própria natureza astrológica de Aquário inclina para a “síntese” do conhecimento humano – jamais para a “salada”. Tristemente, a humanidade se degenerou tanto nos últimos tempos que acabou perdendo até mesmo as mais elementares capacidades mentais de urdir e estruturar sistemas e linhas complexas de pensamentos. Portanto, não é a “nova gnose” uma “salada”, mas sim, é a mente das pessoas que perdeu a capacidade de “perceber”, “captar” e “intuir” o significado dos sutis “arabescos” desenhados na tela da cultura universal ao longo de muitas eras de história.
A “nova gnose” da Era de Aquário sintetiza e harmoniza entre si ensinamentos de Kabalah, Alquimia, Tarot, Filocalia, Cosmogênese, Antropogênese, Simbologia, Magia, Hermetismo, Astrologia, Sexologia, Buddhismo, Gnose cristã, Sincretismo Religioso, etc. Porém, é normal haver choques de culturas e eras, incompreensões e conflitos nisso tudo - porque na transição de Eras sempre ocorre um parto e um desencarne. Todo parto é doloroso para a mãe e todo desencarne é sofrido pela despedida e pela perda.
A práxis da Nova Gnose Aquariana se resume a três fatores práticos:
1. Morrer em defeitos e crescer em virtudes.
2. Renascer da água e do espírito (alquimia sexual)
3. Sacrifício em favor da humanidade
MORRER: Refere-se ao trabalho psicológico sobre si mesmo. Muitos se referem a isso como “autoconhecimento” ou “purificação da mente”. Há muitos métodos para se “morrer em si mesmo”, mas na vida prática raríssimos se lançam a essa tarefa de forma decisiva e determinada; a maioria das pessoas prefere apenas “ler teorias” sobre o autoconhecimento. É mais fácil “ler teorias” que “disciplinar-se” em duras e largas práticas esotéricas com vistas a estudar e compreender os funcionalismos da mente e, posteriormente, eliminar os “agregados psicológicos” que impedem a plena expressão de nosso Ser.
NASCER: Este é o trabalho com as energias sexuais, com vistas a formar “corpos solares” em substituição aos “corpos lunares” emprestados pela mãe natureza quando ingressamos a primeira vez no ciclo humano. Hoje em dia, devido a “vulgarização” e a “banalização” do sexo, o fator “alquimia” tem se tornado alvo de ataques e escárnios de parte dos “esoteristas livrescos”, que atacam e criticam o que de fato nunca “compreenderam” [quanto mais falar de “praticarem”].
SACRIFÍCIO PELA HUMANIDADE: Este é o mais difícil de todos os ministérios sagrados, porque primeiro temos que “ser” para depois “fazer” algo espiritual em favor de nosso próximo. Em paralelo, temos a prática da “caridade”, que sempre é bem vista pela divindade e incentivada por todas as grandes correntes religiosas.
Para concluir, não há mais dúvidas que vivemos momentos convulsivos e derradeiros, típicos de transição de duas eras, onde, a simples vista, dentre outros, percebemos mudanças climáticas, liberação das forças naturais, terremotos, conflitos armados, ameaças de novas guerras, exploração, leis injustas, aumento da violência, banalização dos crimes, impunidades aberrantes, quebra de valores espirituais, corrupções, aviltamentos da dignidade humana, etc. Porém o leit motiv do trabalho interior não deve ser a derrocada dos valores e instituições humanas, nem a iminência do cumprimento das profecias dos tempos finais. A razão pela qual devemos trabalhar sobre nós mesmos é o “amor à causa” e a “consciência de que a vida é um dom por demais precioso para ser desperdiçada em consumismos e hedonismos sem fim e sem limites”, como apregoam os arautos do Anticristo.
Todo aquele que ama a CAUSA busca trabalhar, de forma humilde e desinteressada para construir meios, instrumentos e obras que venham aliviar o sofrimento do semelhante, que sinalizem o CAMINHO RETO da salvação e que perpetuem valores e sistemas sociais que respeitem a natureza e a vida. O homem aquariano reconhece tudo isso intuitivamente, e por isso, agora, já não há mais necessidade de se usar a força, nem das armas nem do verbo. O caminho da “nova gnose” já foi totalmente aberto nesses últimos 50 anos. E já não há nada que deterá o crescimento dessas idéias no mundo. E quanto mais os retrógrados atacarem e combaterem essa “nova gnose aquariana” mais força ela ganhará. Plantada a semente, é só esperar a colheita desses próximos dois mil anos.
Maria Augusta da Silva Caliari e Pesquisa via Google-Internet-Forum Espirita.net
Enviado por Maria Augusta da Silva Caliari em 29/06/2014
Alterado em 07/12/2015