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Textos


"Revivendo Rui Barbosa!"

Em outubro de 2006,mais precisamente no dia 29/10/2006 esse texto me deixou perplexa com seu conteúdo tão próximo de nós,das nossas vidas e maneiras de viver. Especialmente, nesse momento político ele precisa ser repensado,pois mostra a nossa realidade e as propostas ,as quais ouvimos e querem nos enfiar goela abaixo a qualquer custo.É verdade que o Brasil espera que cada um cumpra o seu dever assim como o grande Rui apregoa,mas está difícil com tanta argumentação vazia e tão cheia de despropósitos,com dezenas de pessoas que observamos terem pouca qualificação querendo nos representar no cenário político brasileiro.É um tal de puxar o tapete,prometer o que já vem sendo prometido há anos e nunca cumprido!Esperemos que o nosso povo abra os olhos e entenda que é hora de repensar o nosso país,a fim de que nesse Século XXI possamos ter um governo menos corrupto e um país mais desenvolvido,sem falcatruas e com emprego do dinheiro do pagamento dos nossos impostos mais bem empregados na saúde,na educação e na segurança,mas se a educação for priorizada,tudo melhorará pois ela é a mola mestra de um país.Quem sabe teremos a sorte de colocar no comando uma pessoa que nos representará com dignidade e tenha capacidade de escolher grupos de trabalho para governarem esse país sem se preocuparem em encher primeiramente os bolsos e, depois, fazerem algo pelo crescimento do Brasil,para,desta forma, O colocarmos entre as potências mundiais! Que não sintamos vergonha se tivermos que aturar alguém que não tenha vergonha de continuar explorando e brincando com nossos anseios!O povo tem o governo que merece!Tomara merecermos um governo de qualidade!Isso só acontecerá através do voto consciente!

Sinto vergonha de mim por ter sido educador de parte desse povo, por ter batalhado sempre pela justiça, por compactuar com a honestidade, por primar pela verdade e por ver este povo já chamado varonil enveredar pelo caminho da desonra.
Sinto vergonha de mim por ter feito parte de uma era que lutou pela democracia, pela liberdade de ser e ter que entregar aos meus filhos, simples e abominavelmente, a derrota das virtudes pelos vícios, a ausência da sensatez no julgamento da verdade, a negligência com a família, célula-mater da sociedade, a demasiada preocupação com o "eu" feliz a qualquer custo, buscando a tal "felicidade" em caminhos eivados de desrespeito para com o seu próximo.
Tenho vergonha de mim pela passividade em ouvir, sem despejar meu verbo, a tantas desculpas ditadas pelo orgulho e vaidade, a tanta falta de humildade para reconhecer um erro cometido, a tantos "floreios" para justificar atos criminosos, a tanta relutância em esquecer a antiga posição de sempre "contestar", voltar atrás e mudar o futuro. Tenho vergonha de mim pois faço parte de um povo que não reconheço, enveredando por caminhos que não quero percorrer...
Tenho vergonha da minha impotência, da minha falta de garra, das minhas desilusões e do meu cansaço. Não tenho para onde ir pois amo este meu chão, vibro ao ouvir meu Hino e jamais usei a minha Bandeira para enxugar o meu suor ou enrolar meu corpo na pecaminosa manifestação de nacionalidade.
Ao lado da vergonha de mim, tenho tanta pena de ti, povo brasileiro!
De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem- se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.
Leitor(a), ciente que sou de minha insignificância, jamais poderia reivindicar como meu esse texto, apesar de toda a sua atualidade. Ele é de um luminar chamado Rui Barbosa, que morreu em 1923. Há oitenta e três anos, portanto.

De resto, ficam:
o lamento: não saber o que é pior, se é ver os poderosos mentindo ou o povo acreditando;

.uma sinistra constatação, em pleno século 21: a mentira dita mil vezes realmente vira verdade;

.também uma certeza: por mais quatro anos, o Brasil voará com o transponder desligado; e

.uma pergunta: dada a atualidade de um texto com mais de oitenta anos, quer dizer que não temos saída, que isso vai durar para sempre?

 
Maria Augusta da Silva Caliari e pesquisa Google-folha online
Enviado por Maria Augusta da Silva Caliari em 06/09/2014
Alterado em 30/11/2015


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