"Pelos pubianos:por que nós ainda temos?"
É desagradável, a maioria das mulheres tentam se livrar deles até com certo sofrimento, mas até hoje não temos uma explicação convincente sobre o porquê dos pelos!
Além de futebol e samba, o Brasil também é conhecido lá fora pela depilação total de virilha. Não só aqui, mas no resto do mundo, as pessoas fazem enormes esforços para se livrar de todo e qualquer pelo no seu corpo, principalmente os da axila e os púbicos.
Se ninguém os quer e eles parecem não servir para nada, por que a evolução insiste em mantê-los por todo o nosso corpo?
É um mistério biológico que tem intrigado (e irritado) a humanidade através dos tempos. Qual seria o propósito desses inquilinos em nossas axilas e partes íntimas?
Existem várias teorias, umas melhores, outras não tão boas.
Por que temos pelos pubianos?
Por exemplo, uma delas, embora pouco plausível, diz que o propósito do pelo é reduzir o atrito. Pele constantemente esfregada contra pele pode causar grande desconforto (no caso das nossas partes íntimas). Mas que tipo de sexo selvagem exige uma proteção de pelos contra atrito?
Além disso, a teoria afirma que os pelos atuam como uma barreira contra irritações, talvez até mesmo reduzindo as chances de adquirir uma doença sexualmente transmissível. Parece bastante lógico, mas quantas pessoas queixam-se de irritação nas axilas que não seja causada pelo ato de se depilar? Fora que o argumento DST não serve para as axilas (pelo menos não na maioria dos casos – nós não julgamos).
Outra sugestão sobre o motivo da existência dos pelos pubianos é que eles agem como um “cobertor genital”. Isto parece plausível até que você considera a localização dos pelos nos homens – não cobre muita coisa né? Nessa linha, as mulheres também deveriam ter torsos peludos para manter seus órgãos reprodutivos internos quentinhos, o que não é o caso (amém).
Por fim, enquanto os pelos pubianos femininos são realmente bem posicionados para evitar que sujeira entre na vagina, os homens não têm essa proteção ao redor da uretra.
Se não é por proteção, para evitar atritos, para nos manter mais seguros, é por quê? Por que cargas d’água temos esses pelos?
A principal teoria afirma que é para aumentar as nossas chances de se dar bem (amorosamente falando).
Ao contrário do cabelo em sua cabeça, o pelo nas axilas e região púbica tende a aparecer durante a puberdade, ao mesmo tempo que suas glândulas sudoríparas apócrinas se tornam ativas e começam a secretar uma substância oleosa que contém uma variedade de proteínas.
Estas glândulas apócrinas estão, entre alguns outros lugares, concentradas em suas axilas e genitais, ao contrário de seu outro tipo principal de glândulas sudoríparas, as glândulas écrinas, que são bem distribuídas por todo o corpo.
Pelos pubianos e nas axilas também geralmente começam a desaparecer significativamente quando as pessoas atingem seus cinquenta anos, talvez outro indicador de que eles servem para ajudar a encontrar um parceiro compatível.
Mais especificamente, esse pelo fica embebido em feromônios potentes que atraem o sexo oposto. Esta secreção inicialmente inodora adquire um cheiro almiscarado após ser colonizada por vários micróbios. Parceiros em potencial podem detectar esse perfume (seja conscientemente ou não).
Cada indivíduo possui um aroma ligeiramente diferente, graças a algo conhecido como Complexo Principal de Histocompatibilidade (CPH).
Estudos, como um no qual as mulheres sentiram o cheiro das axilas de camisetas anteriormente usadas por vários homens sem desodorante, têm demonstrado que as pessoas com CPH diferente se sentem mais atraídas umas pelas outras.
Embora a pesquisa nessa área ainda não seja totalmente conclusiva, há ainda alguma evidência de que as gravidezes geradas por duas pessoas com CPH bem diferentes têm uma taxa mais baixa do que a média de abortos.
Considerando tudo isso, a hipótese é de que, como o pelo absorve e espalha essas secreções, permite uma melhor ventilação e um cheiro mais proeminente do que se não tivéssemos ele –e é por isso que até hoje nascemos com esses “inconvenientes.
Maria Augusta da Silva Caliari e Pesquisa e imagem do Google
Enviado por Maria Augusta da Silva Caliari em 12/12/2014
Alterado em 04/01/2016