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Gramatica internalizada!"
Um velhinho chega à médica e pergunta:
"A senhora é a consultadeira?"
A médica levou um instante, até entender o que o homem estava dizendo. Na verdade, o velhinho estava querendo saber ,se ela era a médica oftalmologista ,que iria fazer "exame de vista" nos idosos do local.
Ao usar "consultadeira", o homem cometeu um erro? Por quê? Procure no dicionário se existe essa palavra. Não há. Mas, e se afirmássemos que o velhinho demonstrou conhecer a língua portuguesa ao criar a palavra "consultadeira.(neologismo criado pelo matuto,veja,só!)Analogia perfeita,pois, naturalmente, ele achou o vocábulo "Oftalmologista,um tanto estranho e até que se deu muito bem!Acostumado,talvez, com as palavras citadas abaixo:
sapato/sapateiro sprofissional que conserta sapatos)
costurar/costureira (profissional que confecciona roupa)
Em "sapateiro" e costureira", temos o sufixo "eiro/eira" que se refere ao profissional relativo à raiz de cada palavra (sapato, costura). Portanto, ao criar a palavra "consultadeira", o idoso estava se referindo ao "profissional que faz consultas", ou seja, no caso, uma médica.
Podemos dizer que o velho é um ignorante em termos gramaticais? Podemos dizer,sim, que ele tem uma gramática internalizada que o levou a criar a palavra "consultadeira", que está fora da norma gramatical, mas está dentro do "sistema da língua"?Certamente!
Os bens culturais, como as artes e as ciências, são expressos em gramática normativa, por isto, conhecê-la permite que desenvolvamos ferramentas necessárias para dominar a língua escrita, o que pode significar uma participação social maior e mais qualificada.
Maria Augusta da Silva Caliari e Pesquisa via Google-Internet-dicionário Aurélio
Enviado por Maria Augusta da Silva Caliari em 15/01/2016


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