"Quem controla o mercado das vacinas?
"A vacinação passou a constar no rótulo de pais ou mães que se preocupam com a saúde dos filhos. Mãe zelosa é aquela que tem preenchidos todos os quadrinhos do cartão. Mas qual será o nível de conscientização das pessoas?
Na saída de um posto de saúde, se perguntarmos que vacina a criança tomou, o que ouvimos geralmente é "não sei, acho que foram quatro". Também verificamos que são poucos os profissionais de saúde que realmente estudam as vacinas. Eles estão programados para seguir protocolos, campanhas e metas de número de aplicações. Não há levantamento do grau de imunização realizado com relação ao real alcance da promoção da saúde.
Os fabricantes trabalham com um produto de uso universal e ainda contam com divulgação, propaganda e toda a logística para distribuição, transporte e armazenagem, além de profissionais que entregam e aplicam o produto. Ao fabricante resta fazer a fatura para receber os valores cobrados, em um mercado que controla as tecnologias e os preços em regime de cartel.
O que controla o mercado? Nada! Há seguidos artifícios para fazê-lo crescer. O mais usado é o aumento do número de doses necessárias. A ficha técnica da vacina contra hepatite B preconiza uma dose para se obter a imunização, mas as recomendações oficiais querem impor quatro. Para a poliomielite, doença com certificado de erradicação, os trabalhos indicam três doses no máximo. Mas a minha experiência como médico tem me mostrado que crianças de 7 anos chegam a ter seteou mais doses registradas no cartão de vacinação. Isso não representa um enorme custo excedente?"
Rui Nogueira é especialista em clínica médica pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e autor do livro O Lado Desconhecido das Vacinas (Editora Doc)
Maria Augusta da Silva Caliari e pesquisa Google/ Internet
Enviado por Maria Augusta da Silva Caliari em 30/04/2016