"Importância da saliva!"
A falta de saliva requer acompanhamento médico; tratamento pode ir da hidratação ao uso de saliva artificial
O seu organismo humano produz cerca de dois litros de saliva. Parece muito, mas ao ritmo de 1ml por segundo a produção cumpre com sucesso diversas funções: “A saliva tem o papel de lubrificar toda a cavidade oral. Ela forma uma barreira protetora sobre todas as estruturas bucais”, explica Tally Karlik Orel (CRO-SP 81.198), cirurgiã dentista da Clínica Orel, especialista em odontologia estética, implantodontia e endodontia. A falta da saliva pode levar ao desenvolvimento do mau hálito, de feridas na língua e lábio, a alta do risco para cáries e doenças periodontais, além de dificuldades para mastigar e engolir. O tratamento, porém, é simples, segundo os especialistas.
Embora seja líquida e sem gosto, a saliva não é composta apenas por água, possuindo também substâncias como a ptialina, nitrogênio, potássio, sódio, cloro, cálcio, magnésio, ácido úrico e ácido cítrico, além de proteínas enzimáticas e imunológicas.
A ausência ou baixa produção de saliva é uma condição chamada de hipossialia ou hipossalivação. Segundo Tally as causas são variadas: desidratação, uso excessivo de antissépticos bucais, o hábito de respirar constantemente pela boca, fatores emocionais como estresse e ansiedade, e até tratamentos como a quimio e a radioterapia. “Cerca de 400 medicamentos provocam a baixa salivação como antidepressivos e anti-hipertensivos. A radioterapia de cabeça e pescoço causa alterações nas glândulas salivares. A menopausa, a diabetes, a candidíase oral e doenças autoimunes como a síndrome de Sjogren também causam hipossalivação”, enumera Erika Moraes (CRO-RJ 16 724), dentista especialista em odontologia estética e biomodelação orofacial.
Vale destacar que a hipossalivação é diferente da xerostomia, na qual a pessoa tem a sensação constante de boca seca – o dentista é o profissional que poderá distinguir qual o diagnóstico e o tratamento adequados para cada caso. “Uma queixa do paciente pode não indicar uma real hipossalivação. Na xerostomia, a gente pede para o paciente beber bastante água, evitar bebidas com cafeína e bebidas alcoólicas. Todo o histórico dele vai ser avaliado na composição do diagnóstico”, explica Erika.
Tratamentos – Se a origem do problema for medicamentosa, o dentista pode solicitar ao médico a troca do remédio, porém, há casos em que isso não é possível como nos tratamento contra o câncer. Nesses casos, como nos demais casos de hipossalivação, o dentista poderá recomendar o uso da saliva artificial. “Ela vai gerar um alívio e um conforto instantaneamente”, avalia Tally. O produto tem uma composição bastante similar à saliva natural e é comercializada como spray ou gel e pode ser adquirido tanto em drogarias como encomendado mediante receita em farmácias de manipulação. A recomendação é que a pessoa utilize antes das refeições, de dormir e sempre que achar necessário.
Maria Augusta da Silva Caliari e pesquisa Google/ Internet
Enviado por Maria Augusta da Silva Caliari em 19/11/2016