"Um tal de plano B!"
Para tudo na vida há alternativas, inclusive para o nosso Projeto Reencarnatório.
Nas encarnações sucessivas, entre uma existência e outra, o Espírito faz um PROJETO que servirá de modelo e mola mestra durante sua permanência na matéria, visto que, uma vez reencarnado, será submetido ao véu do esquecimento.
Já escrevi aqui outras vezes, que, em virtude desse esquecimento, as intuições servem de bússola que norteiam nosso caminhar, para que tal projeto seja executado. Há sempre "um querer" insistente em certas coisas e em certas direções. É uma força invisível que nos move nas direções as quais encontraremos as oportunidades que escolhemos antes de encarnar. Oportunidades essas que farão e contribuirão para a nossa evolução individual e também daqueles aos quais nos comprometemos auxiliar.
Assim como temos a nossa família terrena, ou consanguínea, temos antes uma família espiritual. São as pessoas que já conviveram conosco em vidas passadas e se afinam pela simpatia, pelo amor incondicional e pela vibração magnética.
A cada reencarnação, formamos novos grupos familiares consanguíneos, esses, geralmente carmáticos, ou seja, entre pessoas que ainda carecem se entender, e desta forma, vindo na mesma família terrena, aprendem o respeito, o amor e a compreensão. Uma vez feito tal aprendizado, também se incluem nesta grande constelação familiar, ou seja, uma família de almas afins.
Mesmo que a maioria dos relacionamentos aqui na matéria tenham como objetivo resgatar pendências pretéritas, sempre tem algo de bom, para que a vida não se transforme num permanente tormento. E entre esse "algo bom", existe a possibilidade de reencontros de "almas gêmeas" como se diz por aí. Na verdade, são espíritos que estão unidos pela simpatia há muitos séculos. Fazem parte da tal constelação familiar espiritual.
No tal Projeto Reencarnatório, combinam de se encontrar aqui no mundo físico e viver um relacionamento gratificante, onde um ampara o outro, seja como cônjuges, seja como pais e filhos ou irmãos, entre outras possibilidades.
Ao reencarnar, o espírito esquece tal projeto. Terá suas intuições muito vivas, mas também terá o seu livre arbítrio e as oportunidades que o mundo material lhe oferece. Muitas vezes, o projeto acaba não se realizando, porque uma das pessoas muda o seu percurso por aqui. Vai por outro caminho e os desencontros acontecem.
Vou contar um caso bem típico, de uma forma que fica mais fácil de entender:
- João e Maria são almas afins. Irão reencarnar na mesma época com poucos anos de diferença. Projetam estudar Medicina para poder ajudar as pessoas a amenizar suas dores e sofrimentos. Dentro da área médica, possivelmente irão se encontrar, pois, há o projeto de formar uma família e viver uma vida muito agradável, visto que o trabalho os manterá ocupados e com pouco tempo de vivência familiar. Então, esse pouco tempo, será pleno! Harmonia, paz e tranquilidade, compensará tudo o resto.
João vem primeiro. Quatro anos depois vem Maria. Nascem em cidades próximas. Tanto João quanto Maria, sentem o desejo de seguir a Medicina. É a vocação inata que todos nós sentimos na adolescência e na juventude.
João entra na Universidade. Firme em seus propósitos, só vê isso em sua frente. Sua vida amorosa fica em segundo plano. Só tem olhos para os estudos.
Maria também deseja ser médica. Vai fazer um cursinho preparatório. Mas tem também o forte desejo de se relacionar com pessoas. Embora deseje ser médica, sente a necessidade do contato mais íntimo com alguém. E se apaixona por um professor. Troca de olhares, aproximação, um barzinho, abraços, beijos e uma gravidez inesperada. O Sonho de ser médica termina para Maria.
Pressionada pela família, ambos casam. Nasce a primeira filha do casal, que por ter afinidade de alma com o pai, será seu suporte lá adiante. Algum tempo depois, Maria engravida e nascem gêmeos, duas almas que têm afinidade com João, mas pela escolha equivocada de Maria, precisaram vir através deste relacionamento, pois é sempre a mãe que gera os filhos, mesmo sendo projeto de alguém que não seja seu marido.
Enquanto isso, João, conclui seu curso e se transforma num cirurgião de renome. Mesmo assediado constantemente por outras mulheres, algo lhe diz que a sua alma gêmea ainda não apareceu e se mantém firme, sem se envolver com ninguém. Tem a certeza que encontrará a mulher da sua vida.
Maria não está feliz em seu casamento. Sente que seu marido não é o homem que sempre sonhou viver ao seu lado. O relacionamento esfria e o marido começa a buscar em outras mulheres o prazer que não tem em casa. Maria descobre a traição e pede o divórcio. Seu marido vai viver com a amante. Logo, sofre um AVC que o deixa paralítico. A amante o devolve para a Maria, que, em consideração aos filhos e por caridade, já que é uma alma evoluída, aceita o sacrifício.
Meses depois, a mãe de Maria sofre um infarto e é levada ao hospital de uma cidade próxima porque é lá que tem o melhor especialista em coração. Maria acompanha sua mãe. Após ser atendida e estar fora de perigo, o médico vem dar as notícias à família. E quem é o médico? João.
Quando os olhares se cruzam, as pernas de ambos estremecem. Neste exato momento, as almas se reconhecem. É um momento mágico...indescritível. Certamente, muitos de vocês já passaram por isso.
João teve a certeza que aquela era a mulher da sua vida. E Maria sentiu que ele era o seu homem.
Durante a internação de sua mãe, Maria e João puderam conversar muito e ambos estavam encantados um com o outro. Mas João ficou desolado ao saber que Maria estava casada. Apesar da louca vontade de abraçar, beijar e não sair mais de perto, ele sabia que devia respeitar essa situação. Maria nem tanto. Por ela, largava tudo e iria viver o grande amor tanto sonhado.
João preferiu se afastar mesmo com o coração partido. Eventualmente, em virtude de se transformar no médico da família, os encontros eram inevitáveis. Nutria por Maria tamanho amor que, para poder suportar, transformou em sincera amizade e a tinha como uma irmã muito querida.
Com o passar dos dias, essa convivência passou a ser gratificante, mesmo sem poder viver o amor planejado. Foi a grande prova da vida, tanto para um como para outro. A possibilidade de Maria trair seu marido inválido, foi realmente muito forte, mas tanto ela quanto João, por serem almas evoluídas, conseguiram suportar.
Os dois filhos gêmeos de Maria, devotavam verdadeira adoração por João. Como disse antes, eles teriam vindo como seus filhos, caso Maria não se desviasse do projeto inicial. Eram almas afins com João e não com o seu pai consanguíneo.
Isso tudo faz parte de UM PLANO "B" como se diz dentro dos projetos reeencarnatórios. Nem sempre fazemos as escolhas certas, mas o destino está traçado e lá adiante, se cruzará com situações e fatos que fatalmente nos levam à conclusão parcial, total ou nula de tudo o que foi projetado no Plano Astral. Mas depende sempre do livre arbítrio de cada um.
Quando finalmente, João e Maria já viviam uma situação de amizade como irmãos que se amam incondicionalmente, sem cair nas provas que a vida lhes havia apresentado, eis que o marido dela sofre um infarto fulminante e desencarna.
Era o destino colocando novamente os dois na estrada da vida, como se voltassem mais de 30 anos e recomeçassem a caminhada que foi desviada pelo PLANO "B". Ambos, agora com mais de 50 anos de idade, casaram-se um ano após o falecimento do marido de Maria.
Dizemos que nada acontece por acaso, mas lembremos que podemos mudar o desenrolar dos fatos de acordo com nossa vontade. Neste caso, João se manteve firme na sua escolha, enquanto Maria foi tentada e caiu na cilada da vida, e desta forma, o amor que estava programado para viver em sua plenitude, acabou sendo vivido parcialmente. Mas, geralmente, o final é a justificativa de todos os meios.
Eu sou Vital Frosi e minha missão é o esclarecimento
Maria Augusta da Silva Caliari e pesquisa e imagem do google
Enviado por Maria Augusta da Silva Caliari em 02/08/2017