Título do Site Poesia&prosa

O que tens de diferente,tens de bonito!

Textos


UM AMOR IMPOSSÍVEL NEM SEMPRE É KARMA.


Pelas Leis de Causa e Efeito, colhemos sempre aquilo que plantamos. Assim como o agricultor semeia numa estação e colhe em outra, nós plantamos numa existência e colhemos nas encarnações posteriores.
O Espírito André Luiz nos diz que a maioria dos relacionamentos são RESGATES de algo que ainda está pendente na nossa formação moral.
Significa dizer que todas as dores, sofrimentos e dificuldades advindas de relacionamentos difíceis, são aquilo que denominamos KARMA.
Porém, nem tudo é Karma.
Vou dar aqui um exemplo referente aos encontros de ALMAS GÊMEAS. Na maioria das vezes, sendo um resgate karmático, elas se encontram em oportunidades em que não é possível uma união, pois uma ou ambas, já se encontram comprometidas com outras pessoas. Também há as impossibilidades por algum outro motivo, como preconceitos, idade muito diferente, problemas de saúde, deficiência física que impede um relacionamento aceitável, enfim, quando fica impraticável a união de tais almas afins aqui no mundo da matéria.
Mas tem um fato muito comum que acontece e que as impede de se unir como marido e mulher: "QUANDO ELAS VÊM EM MISSÃO".
Vou contar uma história em que isso exemplifica tal situação:
- Andrei era um jovem soldado que servia sua guarnição sob o comando de Alexis. Este, tinha muita simpatia pelo soldado, que demonstrava possuir belo caráter.
Dono de um sitio, Alexis criava cavalos. Observando como Andrei tinha um zelo especial por seu cavalo, convidou-o para dar umas aulas de equitação aos seus dois filhos. A amizade se estreitou tanto que Andrei passou a frequentar com certa assiduidade a casa de Alexis.
Mas Alexis tinha uma filha, Isabela, que também gostava muito de cavalos. Quis ela também receber aulas e trocar ideias com Andrei. Mas a atração que surgiu entre eles, foi muito além do profissional.
Em pouco tempo, já não conseguiam mais ficar longe um do outro. Entretanto, mantinham esse amor em segredo, pois temiam a reação da família, já que ela era pertencente à nobreza, enquanto ele vinha de família humilde, sem nenhuma condecoração.
Esse amor cresceu tanto, qua já não havia mais como esconder. E quando estavam decididos a revelar à família e correr todos os riscos, eis que aparece um Conde pedindo a mão da filha de Alexis em casamento. Naquela época, era comum a nobreza promover casamentos entre seus filhos, para dar continuidade das chamadas Castas puras.
É claro que toda a família aceitou tal proposta, menos Isabela que ficou arrasada. Também era comum pelas tradições, caso não aceitasse, a sua família perderia os títulos nobres e seria considerada a partir de então, comuns como a grande maioria, e o que é pior, perderia todas as vantagens políticas que possuíam.
Sem saída, e com o casamento se aproximando, Andrei resolveu raptar Isabela e fugir para a fronteira e tentar entrar em outro país.
Descoberta a trama, todo um aparato policial saiu à caça dos fugitivos. Encontrando-os, levaram Andrei para a prisão.
Na época, a Lei não podia condená-lo à morte, mas a "Lei da Chibata" era muito usada. A pena foi de 500 chibatadas aplicadas em dois dias. Isso, fatalmente o mataria. Ninguém havia resistido até então a tal dose.
Como ninguém foge do seu projeto de alma, Andrei, apesar de ter seu dorso destruído, resistiu. Passados alguns meses, já refeito das feridas, foi encaminhado para servir o exército em região inóspita e no front onde seria alvo fácil do inimigo.
De fato, ferido juntamente com um colega, quando o outro expirou, trocou os documentos e se passou por morto.
Assim, certo dia, deserdando das fileiras, atravessou a fronteira.
Passou a viver num pequeno sítio, plantando e vendendo pequenas coisas para se manter. Aos poucos, acolhendo velhos e crianças, seu sítio virou uma asilo e orfanato.
E assim, se passaram 45 anos até que seu espírito, deixando a matéria, voltou ao Plano Astral.
Enquanto isso, sua eterna namorada, obrigando-se a casar com o tal Conde, sem poder sentir e viver um amor tal qual sentia por Andrei, passou a ocupar seu tempo com trabalhos voluntários. Como dinheiro não faltava, construiu um asilo orfanato, e passou a acolher velhos e crianças abandonados. Apesar do casamento forçado, o seu marido Conde, que sempre soube do amor que ela nutria por Andrei, sempre a tratou bem e até apoiava ela nas suas atividades. Foi o que amenizou um pouco a dor de um amor sublimado.
Sem saber nada um do outro, Andrei e Isabela, estavam gastando o imenso amor que havia em seus corações, na caridade ao próximo. Assim, a vida transcorreu até o seu final.
Isabela desencarnou um pouco antes.
Quando chegou a vez de Andrei voltar para o Mundo Espiritual, surpreendeu-se de imediato, ao ver sua amada lhe esperando do outro lado do véu.
Estendendo-lhe os braços disse ela: EU SEMPRE TE ESPEREI!!
A alegria foi tanta, que parecia que o tempo havia voltado quase 50 anos, e aqueles momentos nos primeiros encontros ao lado dos cavalos, parecia muito real.
Enfim, logo puderam compreender que tudo fazia parte de uma missão que ambos haviam assumido antes de reencarnar.
Como almas gêmeas, têm um amor que transcende a vida corpórea. São os tais casamentos de almas. Assim sendo, é normal se encontrarem em vida física, porém, nem sempre como marido e mulher.
Tais desencontros, não são punições advindas das Leis de Causa e Efeito, mas possibilidades para que a sua missão possa ser executada.
Neste caso de Andrei e Isabela, na possibilidade de realizar o casamento entre ambos, fatalmente, não cumpririam a missão individual à qual se propuseram de comum acordo antes de reencarnar.
O Plano era vir próximos, e um poder auxiliar o outro em sua missão. Cada qual com suas tarefas e seu conforto às almas carentes de socorro. Amá-las de tal forma que esse amor incondicional suprisse as carências afetivas e a necessidade de um relacionamento homem-mulher.
Ao encontrarem-se ainda jovens, e por causa do véu do esquecimento, não suportaram a atração física advinda do amor que havia entre eles. É natural que desejassem ardentemente se casar e formar uma família.
Pelas dificuldades impostas, já era de se compreender que seria impossível viver essa união conjugal. Se compreendessem e pudessem sublimar esse amor, com o passar dos dias, o Universo colocaria em seu caminho, as oportunidades de cumpri a missão juntos, com o tal asilo. Mesmo sem comungar esse amor, poderiam vivenciá-lo apenas com a presença do outro. E esse amor seria "gasto" na caridade ao atendimento dos necessitados.
Na iminência de consumar o matrimônio, e com isso, abdicar da missão pré estabelecida, as Leis que regem a vida, desencadearam os fatos que levaram a separação definitiva dentro daquela existência.
Essa história, apesar de trágica, é bela no seu conteúdo e propósito. Tudo é mais fácil quando compreendemos através da ótica espiritual. Mas quando estamos apenas no domínio da consciência, não é nada fácil entender tais situações.
Contada aqui pelo próprio espírito do Andrei, vemos que nem sempre o sofrimento é um Karma. Às vezes, como neste caso, é um lenitivo que molda e purifica ainda mais os sentimentos nobres que constituem um espírito elevado.
Quanto mais compreendemos o mundo e a vida continuada, mais temos a certeza de quanto grande e vasto é o arsenal que compõe o nosso espírito.
A contribuição que os próprios espíritos nos trazem cada dia com mais frequência, contribuem para a compreensão de nós mesmos e das situações que enfrentamos.
Eu sou Vital Frosi e minha missão é o esclarecimento.

 
Maria Augusta da Silva Caliari e pesquisa e imagem do google
Enviado por Maria Augusta da Silva Caliari em 11/08/2017


Comentários



Site do Escritor criado por Recanto das Letras