"Nesses olhos o desejo de fera!"
Gosto tanto não me creio vencida
Perpetua essa agonia do momento
Tudo é amor, tão celeste meu intento
Um humano gesto,ode empobrecida!
Assim é impura e pura, tenra e úmida
Essa vontade que sempre me consome
Mas parece impossível saciar a fome
Nesses olhos o desejo de fera sisuda!
Isso é amor, que a carne clama, à vida
Um avesso, algo impuro, mas saboroso
Na carne a flor pura, o canto delicioso
Mesmo assim chama sendo consumida!
Não basta, mas conforta, assim se guarda
No Mundo, um coração em doce despedida!
Enviado por Maria Augusta da Silva Caliari em 13/08/2018