"Fui te despindo tu sonhando acordado!"
Penso em ti nu tal qual estátua viva
Lindo, saindo daquela rua sem graça
Ali fiquei parada no banco da praça
Olhando esquecida a tua fronte altiva!
Fui te despindo e tu sonhando acordado
Sem me perguntar chegaste sorrindo
Diminuindo o andar, como se estivesse
Naquela fria rua a entrar tão sufocado!
Emerge tua memória da noite que rolou
O rio no seu lamento teimoso indo ao mar
Como nas horas tristes em que não amou !
Hora de sair, oh meu belo rei abandonado
Ondas frias lavam o teu coração sufocado
Oh, fagulhas do Céu queimando onde estou!
Maria Augusta da Silva Caliari
Enviado por Maria Augusta da Silva Caliari em 15/08/2018