Zanone Junior, que trabalhou nos casos do goleiro Bruno e da missionária americana Dorothy Stang, disse neste sábado (8) à reportagem do Jornal Nacional que foi contratado por um homem de Montes Claros, que seria da mesma igreja de Adelio.
Zanone Junior, um dos advogados do acusado de esfaquear Jair Bolsonaro, também atuou no caso do goleiro Bruno (Foto: Reprodução/TV Globo)
O advogado não quis revelar o nome dessa pessoa. Zanone Junior acrescentou que os advogados foram pagos para os primeiros dias da defesa de Adelio e não revelou o valor.
Outro advogado de Adelio, Fernando Magalhães, que também atuou no caso Bruno, disse que o trabalho dos defensores de Adelio não tem relação alguma com partidos políticos ou nomes públicos conhecidos.
Magalhães também não quis revelar a identidade de quem o pagou e quanto foi pago. A reportagem do Jornal Nacional não conseguiu contato com os advogados Pedro Felipe Possa e Marcelo Manoel da Costa.
Durante todo o dia, circularam nas redes sociais suspeitas contra os advogados, indagando quem estaria por trás da contratação deles.
No fim da tarde, a Ordem dos Advogados do Brasil de Barbacena, na Zona da Mata de Minas, divulgou nota de repúdio sobre as suspeitas levantadas nas redes sociais em relação aos advogados.
A entidade afirmou que a tentativa de macular a honra e a dignidade dos profissionais, além de configurar crime, é também um ataque à democracia e à própria OAB. E acrescentou que todos têm direito ao devido processo legal, com garantia de ampla defesa por meio de um advogado.