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(Foto: Reprodução)

Prática de retratar falecidos em situações cotidianas era comum nos primórdios da fotografia .Antes de mais nada, um aviso: muita gente pode considerar as imagens contidas neste post chocantes e até perturbadoras. Elas retratam pessoas que morreram pouco tempo antes de serem fotografadas como se estivessem vivas, em meio a situações triviais da vida cotidiana ou então junto de seus entes queridos. Apesar da morbidez, os registros são significativos para entendermos um pouco melhor certos aspectos do contexto histórico da segunda metade do século XIX A ideia pode soar bizarra e um tanto mórbida, mas na segunda metade do século XIX, principalmente na Inglaterra Vitoriana, a prática se tornou muito comum. Naquela época, para fazer o retrato de alguém, era preciso recorrer a um pintor ou então à fotografia, técnica nova que se popularizava rapidamente. Em ambos os casos, o processo era caro e demorado. Essas imagens, muito provavelmente, eram as únicas lembranças visuais que uma família poderia guardar de um parente que faleceu. Quando encarada dessa forma, a chamada fotografia post-mortem passa a fazer bem mais sentido!  Era uma maneira de guardar na memória a imagem do familiar que se foi como ele era em vida, e não depois de morto. Ainda assim, as fotos causam estranheza e impacto, pra não dizer um certo frio na espinha. Para parecer viva, a pessoa frequentemente precisava ser segurada pelos familiares ou então ficava com um suporte de madeira por baixo da roupa. Como a mortalidade infantil era altíssima na época, a maioria dessas imagens retratam crianças mortas. Apesar da morbidez, os registros são significativos para entendermos um pouco melhor aquele contexto histórico específico.
Fonte: Revista  Galileu.
Maria Augusta da Silva Caliari
Enviado por Maria Augusta da Silva Caliari em 20/09/2018


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