Durante ato de campanha em Goiânia, Fernando Haddad confirmou que colocará em prática a proposta de alterar a Constituição, conforme prevê seu plano de governo. O candidato, no entanto, disse que o texto sofreu alterações, que não foram detalhadas.
"Isso já foi mediado. Quando o PCdoB passou a integrar a chapa, houve uma alteração no texto para criar as condições da convocação de uma assembleia exclusiva", afirmou Haddad, conforme reportado pelo jornal Folha de S.Paulo .
No plano de governo do petista está escrito que um novo processo constituinte é "necessário" para "assegurar as conquistas da Constituição de 1988, as reformas estruturais e das instituições preconizadas" por sua equipe. "O governo Haddad participará, logo após a posse, da elaboração de um amplo roteiro de debates sobre os grandes temas nacionais e o sobre o formato da Constituinte", diz o texto.
Um dos fatores que justificam a convocação de uma Assembleia Constituinte "livre, democrática, soberana e unicameral", segundo o plano de governo de Haddad, são os reflexos do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
"O golpe aprofundou a crise de representação política e agravou o desequilíbrio no sistema de pesos e contrapesos das instituições republicanas. A refundação democrática implicará em mudanças estruturais do Estado e da sociedade para restabelecer o equilíbrio entre os Poderes da República e assegurar a retomada do desenvolvimento, a garantia de direitos e as
transformações necessárias ao País", aponta o documento.
Fonte: IG