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"Não é tão fácil de entender!"
Tanta coisa a fazer e lá fui eu àquele desagradável encontro.
A velha Teresa me esperava. Ah! Mas, como estava difícil voejar. Havia me esquecido que as vibrações de sofrimento próprio do dia, tornavam qualquer viagem espiritual difícil, principalmente próximo à crosta.
E lá fui eu cemitério a dentro.
Lá estava Teresa, e já não fosse a chuva, havia lágrimas.
Ah! Que desagradável encontro!
Como dizer à Teresa, que duas vezes por semana, às vezes três, no sono físico entre eu e ela nos encontrávamos e saíamos os dois a passear. Às vezes até brigávamos! Isso para manter o costume dos quase quarenta anos de casados.
E, lá se foi Teresa para casa depois de se impregnar de tristes pensamentos! O túmulo da família, mas para quê? Nunca estive lá?
E Teresa foi para casa e eu fiquei ainda um pouco para livrar-me do peso vibratório que ela deixou em mim. Mas, quando ia sair, algo chamou minha atenção. Cheguei perto. Uma senhora de mais de setenta anos terrestres, e segurando pela mão um belo menino de pouco mais de seis anos, chorava diante de uma foto em um túmulo.
— Veja Luis Paulo, dizia ela para o neto, esse era teu avô Sinfrônio, há quase quinze anos que ele se foi e, desde então, a vida perdeu o sentido para mim. Ah! Luis Paulo, que saudade eu tenho dele, do teu avô Sinfrônio!
E começou a chover!
— Vamos, Luis Paulo, antes que a chuva engrosse e nos molhamos.
E saiu a velha mulher levando o velho Sinfrônio pela mão!( papo de Reencarnação)
Maria Augusta da Silva Caliari
Enviado por Maria Augusta da Silva Caliari em 02/11/2018
Alterado em 04/11/2018
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