Hoje estou resolvida, voltarei para casa apenas quando o Pôr do Sol deixar seu sabor ao amanhecer, quando o Mar explodir contra as rochas da minha existência, quando as letras, essas letras com as quais me aposso e teço minhas poesias, assobiarem suavemente o canto da Terra. Voltarei para casa, porque a melancolia entristece o coração da ausência, porque a distância aumenta o sentimento daquele que se afasta de sua família, de suas responsabilidades, porque a nossa Terra é muita Terra e chama seus filhos que se debandam pela Vida afora! Voltarei para casa como o desejo que faz crescer a doçura da Alma, como o olhar carinhoso que o farol lança ao barco que balança repleto de pescadores em busca de amor, como um andarillho pobre e solitário cansado de tecer críticas em seu nome enquanto divaga! Voltarei para casa e dançarei a dança do ventre apenas para a flor d'água que reúne a esperança para um futuro melhor nesse Planeta!
Enviado por Maria Augusta da Silva Caliari em 17/03/2019
Alterado em 17/03/2019