"Acento agudo e acento grave!"
Na minha andança pelas produções postadas em nossas páginas no Recanto tenho observado o mau uso desses acentos, especialmente o acento grave. Não me atrevo a chamar atenção individualmente, mas com uma aula para reavivar o uso correto deles. É muito fácil.
"Uso do acento agudo"
Com utilização bem simples e comum, o acento agudo é presente nas representações das vogais. Como por exemplo em óbvio, ícone, água, época e útil. Além disso, o acento agudo se faz presente nas vogais nasais, como por exemplo em único e índio.
O acento agudo é bem associado com as regras de classificação de palavras quanto às suas sílabas, como nas palavras oxítonas, monossílabas, paroxítonas e proparoxítonas, como em fé,(monossílaba) acarajé,(paroxítona) ácaro, gráfico música,( proparoxítonas).
"Uso do acento grave"
Muito confundido com o acento agudo, o acento grave tem suas pequenas particularidades, que o faz ser abominado pela maioria dos estudantes. Também chamado de “crase”, o acento grave é graficamente representado por um traço oblíquo para a esquerda. Não esqueça! Diferente do acento agudo, somente a vogal a recebe a famosa crase.
Na língua portuguesa, a crase é a junção ou contração de duas vogais iguais. A junção mais comum é a da preposição -a com o artigo definido feminino -a. Por retratar gênero, existe uma ótima forma, simples e fácil, de conferir a existência ou ausência da crase na sua frase.
Basta substituir o substantivo feminino que se segue por um substantivo masculino; se houver a presença da preposição -a juntamente com o artigo definido -a, há, então, a existência da crase. Em suma: no caso de contração da preposição a com artigo definido feminino a, temos a + a = à; no caso de contração da preposição a com artigo definido masculino o, temos a + o = ao. Vamos aos exemplos: “vou à farmácia”, no primeiro caso; e, “vou ao bosque”, no segundo caso.
Nem sempre é muito usual na nossa língua, o acento grave é muito presente em outras línguas, como no italiano e no francês.
Diferenciação entre ás e às
É frequente a confusão entre o acento agudo e grave, o que causa não só um erro de escrita, mas também semântico. Alguns exemplos práticos podem te ajudar para que não comenta mais esses simples erros da nebulosa gramática.
Em vez de “O aluno dá muita ênfase ÁS (errado)palavras na leitura dos livros.”, o correto seria “O aluno dá muita ênfase ÀS (correto)palavras na leitura dos livros.
Em vez de “A nossa professora é uma ÀS na gramática”, o correto seria “A professora de matemática é uma ÁS na gramática.” Bem explicadinho,não nos esqueçamos mais!
Enviado por Maria Augusta da Silva Caliari em 17/03/2020