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"A comunicação entre os internautas!"
Surge a preocupação dos que se preocupam com a norma culta da nossa língua,pois a partir da observação dos textos dos jovens alunos internautas, percebe-se que estes escrevem de um modo bem particular: usam palavras abreviadas, siglas, omissão ou excesso
de acentos e diversos outros símbolos para se comunicarem nos orkuts e sites de bate-papos na internet. Este fenômeno linguístico, denominado ,atualmente do português fragmentado, no Brasil, tem por objetivo a comunicação virtual ganhar cada vez mais caráter do diálogo em tempo
real. Contudo, reportagens de diversos meios de comunicação constatam que o fenômeno vem causando preocupação em pais e professores de língua portuguesa, em relação à possível interferência desta forma de escrever na aprendizagem do português padrão de jovens
estudantes.
Tendo em vista a consciência de que o nosso país é rico em diversidades e a linguagem não foge a este padrão, será que podemos afirmar ,realmente, que o uso dessas abreviações prejudica
o uso adequado do português padrão no cotidiano escolar e social do aluno? Ou seria possível admitir que as pessoas preocupadas com a possível deturpação no uso da Língua estejam
leigas em relação ao processo da variação linguística, acreditando que a língua é estática e não
pode fugir do padrão gramatical? E, ainda mais, que não há abertura para que haja discussões sobre o tema no ambiente em que eles mais usam a Língua Padrão: a escola?
Estes são questionamentos que ,nós professores da Língua padrão fazemos sugeridos pela investigação do tema e, para eles propõem- se, a partir da pesquisa realizada, possíveis respostas que poderão ajudar a entender melhor o processo de variação e talvez, levar a uma reflexão a respeito da postura adotada pelos professores em sala de aula, pois, acredita-se que estes são os principais colaboradores para
que aconteça conscientização dos alunos no ato de escolher a forma ideal de escrever para cada ambiente de comunicação.
Parece que essa invenção está a cada dia mais ganhando força e em todos os scripts vem surgindo essa nova maneira de grafar as palavras pela metade ou menos, que nem todos os leitores se adequam e até entendem o que desejam os internautas com esse português fragmentado.
A língua não é estática, mas se existem padrões embutidos nas gramáticas, não seria bom que continuassem com o uso correto das palavras conforme desejam os gramáticos??
Poeta,Argonio de Alexandria, achei tão especial a tua argumentação e postei aqui a fim de enriquecer o assunto em pauta:
Maria, além dessa mania que se baseia na "comodidade", mas que para mim é preguiça, está em andamento outro processo de destruição da linguagem, que não sei se é movido pela ignorância, má fé ou os dois, que é modificação forçada para atender interesses de militantes estúpidos, a tal linguagem do gênero neutro. O problema é mais grave do que simplesmente a destruição da linguagem. Ela é o instrumento que usamos para expressar nossos pensamentos e emoções. Já está ocorrendo um fenômeno que pode ser percebido com um pouco de atenção, a dificuldade de muitas pessoas de entenderem pensamentos mais profundos, dificuldade essa que não é nova, mas que tende a aumentar pelos motivos acima. Imagine um jovem com depressão ou outro problema de ordem psicológica que procura um psicólogo e lá, devido ao seu vocabulário limitado, não consegue expressar suas emoções, aí o profissional não poderá ajudar o paciente porque ele é uma ostra. Esse é apenas um exemplo. No futuro não existirão poetas, escritores, palavras amáveis e apenas pessoas que se comportarão como bombas ambulantes porque terão suas emoções represadas pela impossibilidade de comunicação.
Maria Augusta da Silva Caliari
Enviado por Maria Augusta da Silva Caliari em 10/02/2022
Alterado em 10/02/2022
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